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Poesias-->Soneto XXI, de Shakespeare. -- 29/08/2007 - 09:39 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Soneto XXI



Meu poema não se assemelha àquela musa,

cujos estímulos maquiados inflamam

os que querem enfeitar-se.; do céu fala

e toda a beleza da Terra coleciona,

para ser combinado em faustosa comparação,

com sol, lua, o tesouro do mar, o mundo,

a jovem primavera e tudo maravilhoso,

que se forma sob o firmamento.

Em verdade, como sinto quero cantar,

e rogo-te, crê-me, nenhum homem alegre

é como meu amor.; se no Éter mergulhar

a luz dourada, também, mais bonito ele fica!

Deixe que outros murmurem, mais não quero dizer,

não quero levar o amor para mercar.



Sonett XXI

Nicht jener Muse ähnelt mein Gedicht,

Die aufgeschminkte Reize nur entflammen,

Die, sich zu putzen, von dem Himmel spricht

Und alle Erdenschönheit trägt zusammen,

Um sich in prunkendem Vergleich zu paaren

Mit Sonne, Mond, dem Schatz der See, der Welt

Dem jungen Lenz und allem Wunderbaren,

Das sich gestaltet unterm Himmelszelt.

Nein, wahr, wie ich empfinde, will ich singen,

Und schöner, glaubt mir, ist kein Erdenkind

Als meine Liebe, wenn auf Ätherschwingen

Die goldnen Leuchten auch noch schöner sind!

Laß andre schwatzen, mehr will ich nicht sagen,

Ich will die Liebe nicht zu Markte tragen.



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