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Poesias-->Soneto XXXV, de Shakespeare -- 29/09/2007 - 10:50 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Soneto XXXV

Não te arrependas dos teus erros,

pois riachos levam lama e espinhos de rosas,

a eclipse tanto a lua como ao sol dá sumiço,

belos brotos são roídos por nojentas verminosas.

Todos nós erramos, e eu mesmo me incluo nisso,

até te livro de tuas culpas divulgar,

tenho misericórdia pra te purificar,

e pior, perdôo quando erras.

Não condeno teu pecado por amor,

teu inimigo tem que prevalecer como seu defensor,

e contra mim perante a Corte afino:

assim, meu coração se divide em ódio e amor,

para que fique como cúmplice do destino

do doce ladrão, que leva de mim tanto valor.



Sonett XXXV

Nicht klage mehr um das, was du verübt,

Da Bäche Schlamm und Rosen Dornen tragen,

Verfinsterung selbst Mond und Sonne trübt,

In schönsten Knospen garstige Würmer nagen.

Wir alle fehlen, und ich selbst darin,

Daß ich in Bildern dich von Schuld befreie,

Um dich zu reinigen, beuge meinen Sinn

Und Schlimmeres, als du begingst, verzeihe.

Ich richte deine Liebessünde nicht,

Es muß dein Feind als dein Verteidiger walten,

Und gegen mich wende ich mich vor Gericht:

So ist mein Herz in Liebe und Haß gespalten,

Daß mich zum Hehler das Geschick bestimmt

Dem süßen Dieb, der mir so vieles nimmt.



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