Perdido
Chegou a noite, e ele fica flutuando com sintomas já conhecidos,
Ditames inconscientes, seqüentes do viver,
Duendes vagam na sua tela mental,
Pensamentos voam para adolescência de cores,
Via imagens de sonhos bloqueados no seu hoje,
Então veio pranto, um choro longo..., ingênuo,
Tempo não tolera, não perdoou...!
Ideais transformaram em névoa,
Mentalidade lúcida, sobrevivente,
Impotência sua marca maior,
Tempo de viver rápido como num raio,
A viagem, o destino para ser feliz,
Rudimentar brinquedo que somos,
Rivalidade não era esquecida: o eu, o meu, o ser, o ter....!
Cadê os adolescentes: as jovinas e helenas,
Derrotado para o tempo que ficou perdido nas entrelinhas do viver,
Uma dor aterrorizou-o, bem lá no fundo d`alma,
Agigantou abrindo túmulos, onde vultos negros da ilusão pousaram,
Teimando em ficar......!
Ricardo Marques
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