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Artigos-->16. O CAMINHO AO REINO DE DEUS — DALVA -- 05/11/2002 - 07:46 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Ainda que se procurem as causas mais íntimas do insucesso, qualquer que seja o campo de atividade em que se insere a tribulação humana, é pouco provável que sejam atribuídas a fatores relativos aos ganhos que se pretendiam através de maliciosas perspectivas, em detrimento de parceiros de compromissos ou simplesmente por visar a falcatruar, burlando a população em geral. Não cabe a nós, meros e imperfeitos espíritos em liberdade provisória, angariar e colecionar deslizes deste ou daquele, procurando estabelecer padrão universal que possa vir a ser considerado como causa única dos insucessos. Cabe-nos, sim, referirmo-nos aos fatos mais corriqueiros que demandam pequena atenção e — pronto! — está descoberta a causa tão misteriosa. É que nenhum homem sabe ater-se aos justos limites de suas possibilidades de progresso material, sem que haja prejuízo para quem quer que seja.



Dia virá em que a sociedade terá mecanismos legais para obstar a ganância que gera lucros através da especulação, sem se atrelar à produtividade que se espera que cada qual imprima ao seu trabalho. Dia virá em que estaremos todos jungidos a um único objetivo material, de forma que o bem comum será o alvo das atenções dos mortais, mesmo que esse dimensionamento seja imposto por leis duras e por policiamento rigoroso. Aos poucos, todos se compenetrarão da necessidade de se vigiarem os irmãos delinqüentes, que se impõem através de sólido mas inverossímil conjunto de argumentos, dentre os quais se ressalta o poder adquirido da recepção dos bens por herança, ou ainda quando só se chega a eles por meio de furto, roubo ou apropriação indébita. Nesse dia, florescerão as atitudes mais serenas e todos poderão buscar as flores imarcescíveis da capitalização dos bens morais, os quais, evidentemente, frutificarão em razão da tranqüilidade e da paz social que se darão, como lucro inalienável dos bens conseguidos por via de muito trabalho no campo da solidariedade e da felicidade coletiva.



Nossos atributos de agora apenas nos concedem o poder de vislumbrar os méritos dessa sociedade em harmonia e em pacífica confraternização. Mas tal poder de visualização é dádiva do Cristo, pois só quem tem fé no espírito humano e no trabalho dos espíritos é que tem o dom de estabelecer, com confiança, os parâmetros do desenvolvimento nos campos do social e do econômico. Sociedades como essa serão o prenúncio de era de total prosperidade, quando a humanidade será capaz de usufruir os benefícios da redenção e será aquinhoada com o progresso geral, podendo ter a pretensão de ascender às esferas mais elevadas.



Este dimensionamento se começa a sentir em pequenos grupos de estudiosos do evangelho, que temem defrontar-se com o grosso da população, tendo em vista a agressividade natural de quem não quer perder direitos ou privilégios, conseguidos durante séculos de árdua batalha no campo da organização do poder oligárquico, que visa a manter os mandantes e poderosos em seus postos, em indevida exploração do trabalho, principalmente no que se refere à mão-de-obra não qualificada, que é própria dos trabalhadores mais humildes e mais ignorantes dos direitos de cidadania que lhes asseguram as leis, cuja letra estabelece para todos igualdade diante delas.



Só o texto legal, entretanto, não é suficiente para que haja mudança no teor dos relacionamentos sociais entre os encarnados. É preciso mais. É preciso que os homens consigam abrir os corações para sua verdadeira finalidade sobre a Terra, qual o seu destino e o porquê de sua peregrinação no mundo dos encarnados. Só esses aspectos, mais filosóficos que religiosos, mais humanos que divinos, é que poderão fazer retornar o espírito humano para suas origens, para o momento da criação, quando soprou, no corpo batido de barro, hálito de pureza que lhe deu vida. Mas essa vida é direcionada, é destinada, é fadada e está comprometida com as finalidades instituídas pelo Criador. O esquecer-se dessa premissas é que conduz o homem a transgredir os sagrados princípios, em insensata busca da “verdade” que a serpente do paraíso terrestre queria fazer crer ao homem original que lhe daria o conhecimento e, portanto, a condição de deus diante de Deus.



Só muito mais tarde poderemos ficar sabendo das verdadeiras intenções do Criador. Por enquanto, cabe a nós desenvolver-nos, purificando nossos corações, o que se dará se cumprirmos os mandamentos maiores do Cristo, que se resumem no amor a Deus pelos homens e a seus semelhantes. Quaisquer sejam os nossos objetivos de vida, se não se realizarem com o apoio desses mandamentos, pouco valor terão diante da Divindade e pouco falarão a nosso favor os atos cometidos em nome de pretensiosa e falaciosa felicidade material, a que todos se atiram com sofreguidão.



Sem esmorecimento, sim, deveria ser a luta para a conquista de posições favoráveis diante da vida maior e essa luta já se está dando em muitos campos bafejados pela benemerência dos mentores do orbe, que estão preparando legiões de anjos para a ajuda do pequeno ser humano, para a sua redenção, regulamentando-se as idéias de competitividade e estabelecendo a ajuda mútua dentro de grupos cada vez mais amplos (famílias, oficinas, sindicatos, sociedades com finalidades solidárias, cidades, pátrias e continentes), até ser atingido o conjunto das nações do mundo, em sagrada atmosfera de respeito e de defesa dos mais legítimos interesses da cada coletividade.



Esse caminhar será penosamente conquistado, etapa por etapa, e muitos precisarão soerguer-se das cinzas várias vezes para renascerem na carne, em incessante e incomensurável sacrifício dos que zelam pela concretização desse objetivo. Mas a recompensa final será grandiosa e poderá, então, a humanidade viver mais feliz, na plenitude de sua realização, em consonância com o advento do reino de Deus.



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