Em 1983 , Kesy completou nove anos e ganhou um gato siamês de aniversário . No mesmo dia , ela batizou o bichano de Carlos Eduardo . Este animal foi muito mimado por esta garota , pois : ia ao veterinário uma vez ao ano , recebia todas as vacinas , freqüentava Pet Shop com cabeleireiras e manicuras para bichos .
Em 1984 , Kesy notou que o seu gato estava meio agitado e com medo de perder o seu bicho , aconselhada pela sua mãe , mandou castra – lo numa clínica especializada .
O tempo passou e a menina dizia a todos que o gato Carlos Eduardo era o seu melhor amigo .
Em 1995 , este animal começou a ficar abatido . Então sua dona levou o gato ao veterinário e foi constatado que ele tinha problemas nos rins e depressão . Assim , o veterinário receitou remédios para os rins e o antidepressivo chamado Prozac.
Após uma semana de uso deste antidepressivo , este animal passou a demonstrar um comportamento estranho para um gato castrado : saia de casa todos os sábados à noite e voltava domingo de manhã com os olhos vermelhos .
Naquela época , a mãe de Kesy notou que as garrafas de cachaça , que ficavam do lado de fora da casa , foram quebradas misteriosamente . Por isto , ela resolveu esconder as garrafas .
Uma semana depois , Carlos Eduardo continuou com o mesmo comportamento e passou a voltar com o focinho repleto de um pó branco , que ninguém sabia identificar .
Três meses depois o animal morreu na porta de casa . Kesy levou o seu bicho ao veterinário para saber a causa da morte . O doutor falou que Carlos Eduardo morreu de overdose .
Luciana do Rocio Mallon