Nós também estamos aqui pleiteando oportunidade de escrever. Não temos conosco a visão tão sublime que os irmãos anteriores demonstraram. Temos, sim, ampla admiração por quanto trabalho é realizado nesta sessão de tranqüilidade e serenidade exemplares. Um ou outro tenta perturbar, mas são afastados pelos vigilantes, a quem cabe a tarefa de “limpar” o ambiente. Por isso não sabemos bem por que motivos fomos admitidos neste ambiente de paz e tranqüilidade. Se foi para me convencer a ajustar meu comportamento, segundo os princípios que regem o procedimento geral, acertaram, porque estava cansada de perambular sem destino. Agora, se for para ficar rezando e rezando, como vejo que alguns estão fazendo desde que se iniciaram os trabalhos, então se enganaram redondamente, pois não estou acostumada a estes descalabros e a estas perdas de tempo.
Não quero parar para pensar. Sei que estou recebendo restrições para dizer o que tenho para dizer, mas devo deixar claro que jamais fui atendida quando pedia pelo restabelecimento da saúde de minha mãe e quando quis rever meu pai, que morreu em horrível desastre. Agora tenho de ficar aqui presa. Tudo bem! Mas não me obriguem...
COMENTÁRIO — MARCELO E EQUIPE
Neste momento, conseguimos fazer com que se desse ao conhecimento da irmã Ana o espírito de sua mãe, que vem acompanhada do pai. Nosso intuito foi alcançado e se coroou de pleno êxito. A pobre menina se ajoelhou em pranto e, extasiada com a presença dos pais, calculou que suas preces tivessem sido atendidas e clamou aos céus por perdão e misericórdia.
A equipe providenciou acomodações em casa de saúde e restabelecimento aqui próxima e destinou momentos de auxílio do grupo para socorrer a criança.