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Poesias-->A ÁGUIA QUE NÃO SABIA VOAR! -- 07/10/2008 - 09:30 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131420487413621600
A ÁGUIA QUE NÃO SABIA VOAR!

(sobrevoando o Rio de Janeiro)

Ana Zélia



Igualava-se a todos de sua espécie.

Nascera nos topos das colinas.

Alimentada pelos pais, cercada de carinhos.



Era frágil, carente, insegura; imponente. Nem parecia uma águia.

As outras voavam cruzando os céus, oceanos, os píncaros, as montanhas.

Suas asas cresciam como ela.

Divagava olhando as de sua espécie que circundavam o céu.



__ Elas podem voar!

__ Eu também!

__ Tenho que tentar!



O fez. Despencou das alturas. Caiu.



__ Há quedas que nos destroem, outras nos elevam, nos dão ânimo para a luta. Pensava consigo mesma.



__ O perdedor é o que não tenta nunca.



__ A queda nos fere o corpo, não o espírito. Filosofava.



Pobre águia. Exuberante e frágil...

Tentou com as asas do pássaro dourado e sobrevoou o céu.

Das alturas viu rios sem água, árvores sem folha, fogo ardente destruindo a terra, um deserto.

Nuvens azuladas numa paisagem indescritível.

Viu a Terra tão pequena que os grandes edifícios pareciam brinquedos de crianças.



O homem. O que é este ser que ela não via das alturas.

Pareciam formigas de tão minúsculos.

Era a distância que lhe turvava os olhos.

Só podia ser a distância.



__ MALDITA DISTÂNCIA QUE SEPARA OS SERES,



QUE DIMINUE OS HOMENS!



Lembrou-se que ouvira falar de “ GRANDES HOMENS”.



__ ONDE ESTARIAM OS GIGANTES?



As alturas separam a Terra do espaço e entre eles há o inexplicável.





__ OS CORVOS JAMAIS CHEGARÃO A SER ÁGUIA.



Mas, tentava descobrir homens e não corvos.

Era uma águia indefesa tentando ver o mundo com asas emprestadas. Criação do Homem.

O pássaro dourado retornou à terra e a águia voou aos céus. Dera o primeiro passo.

Voava livre seguindo o rumo dos ventos, onde a Lei é a busca de si mesma.



O DESTINO SEGUE SEU CAMINHO...



xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Poema publicado no livro Mulher! Conquista fácil!... Poesias e crônicas.

UFAM/1996.

Indagada no fale com o Autor por uma leitora sobre como o poeta usa elementos da natureza para falar de homens, suas grandezas, fraquezas. Respondi que este poema escrevi sobrevoando o Rio de janeiro, diante de tanta beleza quis ver o ser mais importante na criação divina o homem.

Este ser que usa mil facetas e que precisamos saber conviver com cada uma delas. Alguns são deuses, outros ídolos, uns tanto simplesmente homens. Certa vez disse a um filho advogado que título é papel, o homem precisa entender que tudo na vida passa, o tempo nos cobra e nos pune.

Feliz o que chega a velhice com dignidade. Ana Zélia

















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