Usina de Letras
Usina de Letras
156 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->O caso da escola Base -- 23/11/2002 - 16:32 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um dos casos mais escandalosos de falta de ética da policia e da mídia que aconteceram no Brasil e que pouco destaque se dá, aqui transcrevo alguns trechos de reportagens sobre o caso.

Antes disso, manifesto minha total indignação e tristeza por tal fato, sempre tive reservas quanto a imprensa brasileira de uma forma geral, por acha-la preconceituosa demais e elitista demais, tem sempre a pretensão de ser dona da verdade e os menos atentos poucas vezes são convidados a uma reflexão maior acabando-se manipulados ao bel-prazer de parte de uma imprensa brasileira rasa e despreparada, incluo nesse pacote a conceituada revista veja, um dos maiores exemplos de esnobismo que eu já vi.

Até hoje, quando se fala em Escola Base, a imagem que vem à cabeça é a comédia de erros em que se tornou a investigação da acusação de supostos casos de abuso sexual a crianças de 4 e 5 anos pertencentes a famílias de classe média. Passaram-se seis anos, pois a deflagração do caso deu-se em 28 de março de 1994, quando se soube que duas mães( Lúcia Tanoue e Cléa Parente )procuraram a polícia acusando os proprietários da escola de educação infantil de terem abusado sexualmente de seus filhos. A notícia repercutiu em todo o Brasil, difundida por toda a imprensa. Ou quase.

De alguma forma, a denúncia do caso de assédio chegou antes na redação do jornal Diário Popular. Na época, o editor do caderno de Polícia do jornal, Paulo Breiten, recebeu a notícia antes de todos os demais meios de comunicação, e como de costume, enviou um de seus repórteres para apurar o caso. Feito o trabalho, ficou a dúvida: publicar ou não publicar? Tratava-se de um caso delicado, abuso sexual de crianças de classe média dentro da própria escola. Seria um rebuliço,mas o diário Popular acabou não dando nada sobre o assunto.

Havia o fato do delegado afirmar que havia descoberto fotos e fitas de vídeo que mostravam adultos fazendo sexo com os alunos, mas esse material não aparecia, e quando questionado, ele dizia que não poderia mostrar antes para não prejudicar as investigações. Poderia até ser verdade, mas quem acusa deve provar o que diz, ou pelo menos dar indícios fortes, que não existiam nesse caso.

Pior ainda foi quando envolveram o americano na história. O americano Richard Pedicini acabou entrando na história de gaiato. As crianças teriam dito que as orgias ocorriam em um quarto com a cama redonda e TV pendurada no teto.Procuraram nos arredores da escola um estrangeiro que tivesse a tal TV no teto, e o coitado, para azar dele, tinha um daqueles suportes de teto para TV.

Foi a mesma coisa que fizeram com os donos da escolinha. O tal do americano era adepto do naturismo. Que tipo de fotos iria se encontrar na casa de uma pessoa dessas? Fotos de pessoas, tanto adultos quanto crianças, nuas”, diz Miranda Jordão. A polícia dizia que aquilo era parte da apreensão, que o material mais pesado estava escondido em um cofre. “Dessa vez, apesar da associação aparentemente absurda, havia fotos e um vídeo gravado. Aliás, esse vídeo é uma piada. Apreenderam, mas nem se deram ao trabalho de ver o que era. Quando viram, caíram para trás, era uma festinha de aniversário de criança. Claro que isso eles nunca divulgaram.

A essas alturas do campeonato, já tinham ligado o americano aos demais envolvidos no caso, e a casa dele passou a ser o Palacete das Orgias. Pode uma coisa dessas?. Mas o importante ninguém fez. Ninguém parou para examinar as fotos e ver se entre as crianças que apareciam, tinha algum aluno da Base.

As seqüelas emocionais dos envolvidos, com certeza, são insanáveis, a advogada do casal Saulo da Costa Nunes e Mara Cristina França, suspeitos de participação nas orgias e abusos sexuais envolvendo crianças, propôs ação em razão da conduta da Rede Globo de televisão e da Folha da Manhã, quanto ao caso.

O caso da Escola Base é emblemático de como a polícia e a imprensa não devem proceder,fica a lição que noticia não é só entretenimento e dinheiro, as vezes a vida e a reputação de pessoas está em jogo, a imprensa deveria repensar alguma de suas práticas para que casos como esse jamais se repitam

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui