Rio de quê? Não sei.
Ninguém sabe, nem o Onofre.
E assim, nós todos, sem lei
e sem alma, estamos por um fio.
A mata sem pio,
a terra sem cio,
a invernada sem nenhum mugio
e a maioria a pensar só no cofre.
Oceano vira mar,
mar vira rio
e como sofre.
Sujo, sem ter a quem banhar
e amar.
O mundo sofre e eu não rio.
Eu choro!
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