Como seria, se não fosse assim,
nem imaginar é possível.
São tantas coisas, nos deixam afim,
tantas mesmo, nada passível.
Como é? Mais que tudo, sempre um viver,
é só imaginar e, ao lado, sempre acontecer.
Ir é bom, melhor é voltar e te ver,
o sangue aflorar à pele, o ardor estremecer.
A casa cai, falta chão, achas que soterrou,
mas, só isso e isso apenas, uma impressão.
Vem o esgotar, o falar, não ao calar.
Uma névoa; se formou, dentes não cerrou,
sabe, sempre sensação, nenhuma agressão.
Vem o sonho, o gás, tudo; voltamos a amar!
|