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Artigos-->45. RELIGIOSIDADE E PROCEDIMENTO — EQUIPE DE ALUNOS -- 04/12/2002 - 06:42 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Deixe-se envolver pelo mistério. Não busque compreender o sentido último das coisas. Dia virá em que a revelação se fará completa e todos estaremos no reino de Deus, na companhia dos seres maiores da criação. Daqui até lá, muito pedregulho machucará ainda as solas de nossos pés na caminhada, na verdadeira peregrinação que a todos espera. Não se afaste da verdade possível ao seu entendimento, pois de muito é capaz a nossa intelectualidade. Não fique abismado ou surpreendido ao aprender as novidades espiríticas, se você ainda enxerga através das lentes deformadas de diversas religiões, mais interessadas em prender as pessoas via dogmatismo do que postular ganho real, efetivo, no domínio da benquerença e do amor ao próximo.



Dia virá em que verdadeiras hordas de espíritos baixarão à Terra, para enaltecer os mandamentos de Deus, na realização que se aguarda de inúmeras manifestações mediúnicas de livre acesso a todos os mortais. Agora, parece que esses fatos estão no tempo das cavernas, quando, no fundo de subterrâneos, se reuniam os homens para tratar dos temas proibidos de aparecerem à luz do dia, domínio de quantos mantinham o poder à força. Mas já encontramos muitos espíritos que põem em jogo, durante o dia, o seu descortino e que se oferecem às represálias verbais dos semelhantes encaminhados por pastores de seitas que não vêem além do descortino de sua fé.



É claro que a fé é importante, mas é preciso ainda mais: é necessário que cada pessoa medite profundamente a respeito de sua condição de encarnado e a respeito dos objetivos de sua existência como criatura, filha de Deus, projetada no mundo, para a concretização de imensa série de atitudes, de contatos sociais, de atos de justiça e de amor. Não que o homem investido de poderes religiosos não saiba, com exatidão, como proceder na orientação de seu rebanho. Muitos têm compromissos, no entanto, que transcendem à investidura de sacerdotes e vão além, na subserviência a predicados de pouco valor em função do espírito religioso, como são as relíquias, os votos, os apetrechos, as imagens, toldando a fé que deveria ser pura de coração e consciente de mentalidade. Muitos são os que se perdem na procura de satisfazer princípios meramente materiais, como conseguir tijolos para as igrejas, vitrais, velas, casas paroquiais, vestimentas e paramentos para os oficiantes etc. Muitos são os que se prendem exclusivamente a esses aspectos periféricos, sem adentrar com vigor o âmago do desprendimento religioso, necessário para o progresso no campo evolutivo da ascensão aos ganhos perenes, que são “otimizados” quando prescritos pelas entidades que regem os destinos do planeta.



Mais tarde se evidenciarão tais fatos, mas tememos que aí se tenha passado oportunidade de ouro, que deverá ser retomada e retomada, quantas vezes forem necessárias, até que se atinjam os objetivos da redenção. Portanto, tenhamos fé, mas não fé cega; fé que enxergue e ilumine; fé que se expanda de coração para coração e de mente para mente; fé com confiança no advento de realidade superior, quando do desencarne, ainda bem próxima da realidade em que vive o ser humano encarnado.



Pouca coisa muda após o desencarne. Há até mesmo o que não mude: a própria pessoa, em seu aspecto evolutivo. Se ganhou ou perdeu em sua derradeira encarnação, tal cômputo se dará automaticamente e a cada um reserva a misericórdia divina a compreensão dos erros e o esclarecimento da necessidade da reparação e do resgate. É assim que a divina justiça protege as suas criaturas, levando todos a julgamento mais do que exato, pois efetuado pela consciência de cada um.



Não se deve deixar levar o homem encarnado, portanto, por simbolismos e prefigurações elementares de pós-túmulo cheio de glória em paraíso fictício, criado para fazer fenecer todos os arroubos do desenvolvimento, pois capaz de prender o homem à idolatria que é gerada pelas manifestações exteriorizadas da fé. O importante é o recolhimento espiritual, é a prece dita no fundo do quarto, quando o homem está a sós com Deus e se apresenta a ele com sua consciência, imaculada ou pejada de erros, mas sem véus que possam disfarçar suas mentiras e sua malícia. Diante do olho de Deus, não há como fugir da verdade, pois dele não há escapar através de qualquer artifício. É assim mesmo que se passa quando do desencarne: o olho de Deus é inflexivelmente colocado diante da consciência de cada qual e aí ficarão bem claros quais os rumos que pautarão a futura conduta e quais os novos arremessos que se prescreverão, para que o indivíduo possa prosseguir com serena persistência no interesse de seu avançar moral.



Acrescentamos ainda idéia que não pode deixar de ser registrada, quando se trata de assuntar a respeito de religiões: a maledicência que cada um suporta, segundo as prescrições rituais que se obrigam a realizar. Procissões, missas, cabalas, sacrifícios de animais, confissões públicas e particulares são ritos que favorecem argumento de menosprezo da parte de quantos não se arriscam a externar da mesma forma a sua religiosidade. No entanto, ainda que tais manifestações de culto mereçam restrições, é preferível ater-se a alguma espécie de dimensionamento da atitude, em face do fervor religioso, a ficar preso a inconcebíveis teses materialistas, que alijam definitivamente a presença de um criador diante da criatura.



Aqui, sim, não podem os indivíduos segurar-se em princípios de restauração. Poderão até agir mui sensatamente e ter procedimento moral de alta categoria, entretanto, perdem, no cômputo final, pois deixam de ter oportunidade de efetuar preces de religação com entidades mentoras, que poderiam orientar no sentido da refacção dos liames, muitas vezes rompidos quando a pessoa erra nas considerações de ordem moral ou religiosa. É preferível, portanto, pautar a conduta pelos princípios de qualquer religião, a pairar distante de todas, buscando, simplesmente, vingar no plano da vida biológica, sobrepondo-se aos indivíduos os aspectos sociais, financeiros, políticos etc.



Quanto aos aspectos religiosos, é preferível buscar religião que permita aos seus adeptos e seguidores julgar, à luz da razão e através da procura científica, os fatos relacionados aos temas em discussão que possam constituir-se em pontos polêmicos, como, por exemplo, no caso da discussão bíblica de quando o homem foi colocado por Deus sobre a face da Terra, tema que, por muitos séculos, provocou inúmeras defecções no âmbito da Igreja Católica, por não ser admissível para o espírito dos mandatários que se pudesse objetar que a criação tivesse sido dada há tão pouco tempo. Casos como esse são reveladores de poderio material, o que, sem dúvida, se reflete no trato dos aspectos espirituais da religiosidade, fazendo com que os crentes dessa religião fiquem perplexos e passem a considerar tão-somente o que lhes é apresentado como verdadeiro, o que realmente não satisfaz aos mais comezinhos princípios da inteligência humana.



Sendo assim, uma religião poderá apresentar-se mais apta do que outra para o julgamento do homem comum, na satisfação de seus impulsos de religiosidade natural. Dessa possível escala, não escapa o Espiritismo Kardecista, pois está incluído entre as manifestações da fé, embora seu interesse maior seja o de ajudar, segundo o seu lema supremo: “Fora da caridade não existe salvação”, que se contrapôs, historicamente, ao lema “Fora da Igreja não existe salvação”. Em suma, em seu vislumbre de inteligência, pode o homem comum determinar qual rumo deve seguir para satisfazer as suas necessidades religiosas, sem descurar, é claro, de efetuar as leituras mais importantes, para que possa vir a compreender, através de seu descortino intelectual, quais as verdades primeiras e qual o fim último da vida e da existência.







Basta, por ora, cerrar nossas fileiras em torno de objetivo comum de benemerência para evitar que fiquemos perdidos em emaranhado de idéias religiosas de pouca profundidade. Mas é preciso mais, se quisermos evoluir: é preciso crescer no evangelho do Cristo, procurando atender de boa-fé a todos os princípios de sua peregrinação, principalmente aqueles que se encerram no dístico da lei maior: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Só assim teremos convicção do sucesso sobre nossa tribulação atual e poderemos discernir, com muita precisão, para qual destino a rota impressa em nosso procedimento está conduzindo-nos.



Saiamos desta vida em estado de inocência espiritual, da mesma forma que entramos, e teremos conquistado sagrados pontos na escala evolutiva. Oremos com profunda crença e jamais nos deixemos levar pelas ilusões do mundo. Saibamos concentrar nosso pensamento em Deus, para que tenhamos capacidade e oportunidade de agradecer o seu ato de criação, criaturas que somos, reflexo da grande luz que se espraia pelo universo.



Antes que tenhamos muita facilidade intelectual, é preciso também desenvolver as nossas emoções, no sentido de fazer vibrar o nosso ser em favor de pessoas menos aptas à congregação espírita. Por mais que nos mantenhamos eqüidistantes da luta, jamais teremos total isenção e, por isso, é preciso que saibamos compor-nos com o Cristo, em seu ministério de amor, o que só conseguiremos se formos capazes de afugentar de nós a cobiça, o vício, a maldade e a própria dor, quando empenhada em nos destruir por dentro, e se acendermos o lume da compreensão, da benquerença, do amor ao próximo, da atitude caridosa, em busca de sanar os malefícios que se aglomeram nas sociedades humanas.



Atingidos tais desenvolvimentos, poderemos pleitear, para os momentos de repouso, quando o nosso espírito é levado pelo sono, oportunidades valiosas de refazimento e de aprendizado, junto aos guias e preceptores, os quais fornecerão os elementos de que necessitamos. Nunca mais teremos dúvidas e poderemos, desse modo, ir crescendo na crença, na fé e na religiosidade.



Embora nós mesmos não tenhamos ainda a possibilidade de nos consagrar inteiramente a esses quefazeres mediúnicos, é-nos grato poder auxiliar, um pouco que seja, sem grandiosos compromissos, com pequena relevância, em prol do engrandecimento paulatino dos irmãos, para que venham a obter ganhos oriundos de seu esforço de compreensão e de seu trabalho de socorristas amadores. Onde quer que nos encontremos, basta-nos orar com emoção para obtermos créditos em favor de nossa evolução, em favor do resgate de dívidas pretéritas e para que restauremos os nossos compromissos. Ainda que tenhamos dificuldade em bem caracterizar quais os débitos contraídos, mesmo assim não devemos desanimar, mas ficar com o coração pronto para o serviço, que não há de faltar.







Graças a Deus, pudemos, também nós, “dar o nosso recado” e satisfazer a intenso desejo de poder participar destas reuniões, que tanta luz emitem ao seu derredor.



Quero deixar palavra de profundo agradecimento a todos, de modo especial ao irmão que apanha, com tanta paciência, estes ditados, diariamente. Não sei como se consegue chegar ao fim com tanta facilidade, pois a pena corre celeremente e o cérebro vai registrando com perfeição todas as vibrações, embora haja uma ou outra dificuldade na tradução para as palavras humanas.



Não quero encerrar sem mandar carinhoso abraço a toda a família, que me espera feliz em seu aconchego, embora não saiba exatamente o que se passa. Mais tarde, poderemos voltar a nos encontrar em condições de comunicação direta e aí estaremos ainda mais felizes, mais propensos a realizar em amor os nossos compromissos mútuos de auxílio nesta aventura.



Sem mais para o momento, ponho-me à inteira disposição de todos para que se cheguem para perto de mim para as habituais vibrações.









COMENTÁRIO — MARCELO



Marcelo manda avisar que foram vários os espíritos que se aproximaram para o registro de seus pensamentos. Quer deixar claro que se trata de idéias pessoais, de livre responsabilidade e que não representam o pensamento das entidades que dirigem o grupo. Deve-se ressaltar que, sempre que alguém se aproxime com boa vontade, vai ter acesso ao instrumento. O que não se pode fazer é atribuir valor absoluto ao que está registrado. É preciso cautela e discernimento, pois se trata de seres muito imperfeitos, principalmente nos estudos do evangelho, aprendizes ainda, alunos de primeiras letras, que, embora não tenham o coração submerso em maldade, vibram segundo padrões muito próximos dos encarnados, já que mantêm o espírito muito voltado para os problemas da Terra e não se concentram, como deveriam, nos aspectos mais elevados da doutrina.





Por isso, pleiteamos lugarzinho para nós, para que possamos discorrer a respeito de tema mais abrangente e de melhor catadura evangélica. Não se restrinja a captar as emoções somente, mas busque vibrar conosco, para superação das várias deficiências, conforme se verá na mensagem seguinte.



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