Velhos Montes
Velhos Montes, velhas fontes a matar a fome
e a sede de se fazer ao mar.
Sem saber, bem pareciam adivinhar que aquela
fome, aquela sede só eu podia matar.
Os velhos castelos a me olhar o que podiam
fazer além de esperar?
Era preciso fazer-se ao mar, aprender sozinha
a navegar.
Anteviam o percurso, do rio o curso.
Gostavam de mim e sem falar me diziam assim:
Não percas o rumo.
Olha para nós, mantemos o prumo
Lita Moniz
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