127 usuários online |
| |
|
Poesias-->Castelã -- 16/10/2009 - 12:50 (Lita Moniz) |
|
|
| |
Castelã
O Barco singrava um mar indefinido
e o céu mais azul falava comigo e me
dizia: estou aqui a zelar por ti.
A longa viagem, se foi miragem
também foi real.
Deixava para trás um velho castelo
medieval.
À espera de mim vendaval se fim.
Chovia muito, mil trovões junto.
E aquela chuva que não caía, era
a angústia que me consumia.
Louca, perdida de mim, até já
sonhava com o castelo medieval
que me apavorava.
Só não sucumbi porque o céu
amigo continuou a falar comigo
e me dizia com voz carinhosa que
a vida ali, era a miragem da vida
que escolhi.
Voltei ao navio, pus-me a navegar,
disse para o céu: só vou desembarcar
quando a um porto seguro chegar.
Agora sabia bem o que queria.
Um castelo de onde pudesse ver
O céu, a Terra e o mar.
Pregar na porta uma tabuleta.
Deixem a poesia entrar!
Deixem a poeta sonhar!
Não a venham despertar.
Lita Moniz
|
|