Noite
Agora é noite em mim.
Não sou assim.
Tudo passa, há de passar.
Horas antiqüíssimas, lentas.
Mostra-lhe as diferenças.
Não sou mais eu que está aqui.
Fênix,que voltou à vida,olhar do
alto o fumo a jorrar das chaminés
à neve, que cai, se misturar.
Visão perturbadora.
Cristais de neve querendo limpos
o solo tocar.
A combustão daquele tição solta
fumaça,que insiste em subir, à neve
cristalina se misturar.
É a poluiçãso a chegar.
Quero bem longe desta combustão ficar.
Não permitirei que me venha contagiar.
Lita Moniz
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