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Artigos-->55. INDIFERENÇA: MAL MAIOR — HOMERO E EQUIPE -- 14/12/2002 - 08:51 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Vemos, com grande júbilo, que a nossa pena corre célere pelo papel. Eis que temos condição de dizer que os textos estão próximos de ter fluidez maior e que a terminologia será aperfeiçoada, no sentido de se buscarem os vocábulos mais próximos de nossa verdadeira intenção. Deixe-se levar tão-somente por este fluxo de idéias, que tudo se resolverá plenamente, de acordo com os princípios que imprimimos aos nossos escritos. Não se prenda por minúcias e fique atento aos deslizes de caráter sintático que possam perturbar o desenvolvimento do pensamento como um todo. Não pare de escrever e advirta os amigos da espiritualidade a respeito das dificuldades que possa enfrentar, quando de ditados em caráter de aprendizado.



Quanto ao mais, mantenha-se calmo e com disposição de enfrentar dias inteiros de trabalho mediúnico. Nós não nos cansamos de transmitir mensagens de toda natureza, mesmo as que possam brilhar com luz própria, dado o ponto de evolução atingido pelo espírito emissor. Não nos furtaremos ao trabalho e atenderemos com presteza aos reclamos de esclarecimentos que, porventura, o nosso querido médium houver por bem propor-nos.



Por ora, sinta como a caneta corre pelo papel, independentemente de ato de vontade de sua parte, bem como as idéias se encadeiam seguras de si, a proporcionarem a confecção de texto sem rupturas de pensamentos e eivado de idéias coerentes e esclarecedoras. Não deseje, você mesmo, novidades. Basta que se restrinja a escrever, com a máxima disposição, que encontrará, no próprio trabalho, motivo de orgulho e de manutenção e reacendimento da fé em que o mundo está bipartido entre encarnados e seres que pairam em espaço bem pouco compreensível para a mente humana acostumada a prender sua imaginação nos campos das conquistas pessoais.



Não se vá e não se perturbe com o acontecimento da abelhinha em seus cabelos, pois temos acréscimo ao conjunto das informações fornecidas no dia de hoje.







Trata-se de caso no mínimo curioso ocorrido com indivíduo que passava de bicicleta pelo local em que agrupamento de pessoas socorria um atropelado por veículo de grande porte. Quando observou o que se passava, buscou saber quem fora a vítima que jazia no solo. Ao verificar que se tratava de pessoa desconhecida, seguiu seu caminho, totalmente indiferente com a sorte do coitado que estava sofrendo dores incríveis e que permanecia sem atendimento especializado.



Pode parecer estranho, mas o ciclista era elemento dotado de conhecimentos médicos suficientes para oferecer socorro de urgência e promover lenitivo ao menos de caráter moral ao acidentado. No entanto, prosseguiu em seu caminho, indiferente ao que se passava ao seu semelhante e internado na meditação de caso de amor frustrado.



Como pode o ser humano demonstrar tanto egoísmo? É inconseqüente! Não haveria meios de provocar reações mais humanitárias no caráter das pessoas? Será que não podia considerar que, um dia ou outro, poderá vir a ter necessidade da comiseração de alguém que possa trazer lenitivo para sofrimento que, eventualmente, venha a ocorrer consigo mesmo? Será que sua falta de responsabilidade humana é tão grande que toda sua vida possa decorrer somente em torno de si mesmo, em infindável busca de cumprir apenas os compromissos dos quais possa tirar vantagens?



Não seria lógico considerar como de seu interesse mais sério a assistência à vítima infortunada do atropelamento, em circunstância em que para nós é evidente que tudo deveria fazer para minorar o sofrimento alheio, o que repercutiria no alívio das próprias dores?! Não teria ele segura consolação quanto ao seu caso amoroso, se se tivesse prontificado a auxiliar o próximo?!



Não é claro que a própria ocupação material, manual, com trabalhos meramente mecânicos e operacionais, tenha o condão de levar as pessoas a uma concentração que possibilite o esquecimento das preocupações?!



Como se haverá esse indivíduo, quando tiver de enfrentar situações realmente aflitivas, dicotômicas, como, por exemplo, se tiver de optar entre ficar solteiro ou ter de levar alguém ao altar e constituir família? Será que, nesse momento, ficará também indiferente ao que se passa?



Tudo isto que estamos a examinar leva-nos a concluir que a indiferença, o descaso pelas situações dos outros, é atitude egoísta, altamente comprometedora e causadora de existências renovadas para resgate dessa atitude má formadora do caráter e com péssima influência sobre a personalidade. É mal maior, daqueles que o indivíduo carrega para além-túmulo e que passa a conduzir todos os seus atos, sem que tenha consciência do mal. É de cegar a visão interior e é de levar ao esquecimento, da mesma forma que esquecido foi o pobre coitado necessitado de amparo por quem se omitiu ao socorro regenerador das forças e das esperanças.



Queremos enfatizar este aspecto, pois pode parecer que, para espíritos desse jaez, a reação do mundo espiritual venha a ser da mesma ordem (“olho por olho, dente por dente” — como registram as antigas escrituras). Mas não é verdade. Todos os espíritos em débito são merecedores da atenção mais dedicada dos irmãos socorristas. Só que, em casos de tal natureza, o comum é a cegueira para o socorro e a alienação total em busca do enaltecimento do próprio “ego”. Tudo o que se faz procura ser explicado, justificado e confirmado através de raciocínios fundamentados em razões próprias, sofismadas e angariadas junto a atos semelhantes que servem de embasamento do raciocínio (tipo: “quem com ferro fere, com ferro será ferido”), quando o que deveria pautar todo o procedimento mental seriam as razões de ordem analítica (tipo: “não é porque alguém se jogou no poço, que eu também vou atirar-me”).



Sendo assim, é tão digno de dó o ciclista inadvertido do mal que causava a si mesmo quanto o atropelado, que, agonizante, clamava por socorro. Queremos, então, enaltecer o ato do bom samaritano, que se ajoelhou ao pé do machucado e lhe prestou incondicional assistência, mesmo ao arrepio das crenças eivadas de preconceitos sociais que vigoravam naquela época. Este é o desprendimento que propomos ao leitor, quando se veja na situação do ciclista. Só assim poderá superar as próprias dores, acrescentando mais um ato de caridade ao acervo de bondade que deverá entesourar no coração.









Faz-se tarde e, embora tenhamos outras formulações a fazer, não pretendemos abusar da boa vontade do médium, que há umas boas duas horas está a aceitar a nossa presença. Diz ele que não há incômodo algum, mas sabemos do desconforto e da preocupação de todo dia, para que o trabalho venha a ser realizado com perfeição. Por isso, temos tentado ser bem objetivos nos esclarecimentos, para que nenhuma conotação fique que possa trazer qualquer resquício de desconfiança em que o nosso ministério não esteja fundamentado no amor dos semelhantes, segundo as ordenações do Senhor.



Hoje, os nossos aprendizes ficaram apenas observando. O dia destinou-se a espíritos mais fluentes. É importante dar ao irmão que apanha estes ditados condições de aperfeiçoar sua escrita, o que não se dá quando os espíritos convocados ao trabalho são novos no serviço e têm condições muito incipientes para o desenvolvimento do trabalho do instrumento. Mas não se perca por esperar. Amanhã ou depois, voltarão os alunos às aulas e terá o mediador que ter mais paciência, pois a pena não correrá tão “célere”.



Assim, vamos desenvolvendo o nosso ministério de amor e chegando a enfeixamentos de realizações que visam a liberar os espíritos para novos cometimentos, da mesma forma que costumam os humanos “diplomar” os formandos, a fim de que possam seguir avante, na busca de novas realizações, em novos campos de atividade.



Sabemos que temos disponível o médium para mais mensagens, mas tememos que o cansaço de hoje possa vir a refletir-se no desenvolvimento do trabalho de amanhã, que deve procurar ser equilibrado e coerente com os princípios aprovados para este tipo de mediunidade. Por isso, vamos, definitivamente, encerrar as atividades do dia, desejando-lhe bom entardecer, boa noite de sono e recuperação no Senhor de sua caminhada rumo à luz eterna.



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