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Cartas-->Linguagem emocional -- 31/10/2003 - 00:31 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nos dias de hoje a emoção parece estar num patamar abaixo de outras qualidades, valoriza-se muito mais a capacidade de alguém estar apto a resolver problemas por exemplo do que sua capacidade em se emocionar e expressar os seus sentimentos, aliás a emoção muitas vezes é vista como uma fraqueza e não como uma qualidade.
A afetividade encontra-se desvalorizada na civilização moderna que submete todos a um ritmo de vida muito aquém de nossas verdadeiras possibilidades e um dos resultados de tudo isso é a depressão, o stress e as doenças físicas e psicológicas.
A ciência admite que o nosso cérebro está dividido em duas partes, temos o cérebro emocional responsável pelos batimentos cardíacos (talvez resida aí todo esse mito do coração estar ligado diretamente com as nossas emoções amorosas), pela respiração, pressão sanguínea, apetite, sono, desejo sexual, secreção de hormônio, do sistema imunológico e temos também o cérebro cognitivo responsável pelo pensamento, concentração, atenção, controle dos instintos e dos impulsos, pelos comportamentos morais, pelos movimentos voluntários e pela linguagem.
Existe uma conexão muito forte entre esses dois cérebros, eles se comunicam e transmitem um para o outro as informações necessárias que nos tornam humanos, é a emoção dando voz a razão e vice-versa, são os sentimentos influenciando as nossas escolhas e os nossos destinos.
O fato da afetividade estar tão em baixa parece ser graças ao que dita a vida moderna e onde toda a civilização parece estar se calcando que é o fato da razão vir antes da emoção.
“Penso logo existo”.Esta é a máxima do filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650), sua frase emblemática sugere que o homem é definido pela capacidade de pensar e pelo fato de saber que pensa. Ao mesmo tempo, no entanto, o sábio concebe a mente como uma entidade não material, habitante da cabeça dos homens, mas, em essência, diferente do cérebro.
Recentes estudos sobre o cérebro revelam que Descartes estava enganado. A identificação dos processos físicos e químicos ocorridos na imensa teia dos neurônios prova que a consciência - ou pelo menos boa parte dela - se produz no mundo da matéria, corpo e cérebro são indissociáveis e um não existe sem o outro.
O neurologista português Antonio Damásio escreveu num livro chamado: “O erro de descartes” que a emoção e os sentimentos constituem a base daquilo que os seres humanos têm descrito como alma ou espírito humano Resumindo as inquietações de muitos de seus companheiros, o neurologista inverte a máxima de Descartes: "existo (e sinto), logo penso".
Escreve ainda em seu livro sobre o caso de uma paciente chamado Eliott que teve um tumor nas meninges, que vem a ser as membranas que cobrem a superfície dos hemisférios cerebrais. Esse tumor cresceu até ter as dimensões de uma pequena laranja, por cima das fossas nasais, pressionando o lobo frontal.
O tumor teve que ser removido e o paciente acabou por perder a sua capacidade de se emocionar apesar de ainda conseguir pensar, não conseguia mais tomar decisões tornando-se uma pessoa fria e sem afetividade alguma.
Fiquei pensando como deve ser triste a vida de alguém que não tem mais a capacidade de se emocionar e nem de se relacionar afetivamente com as pessoas, para mim a emoção vem ao lado da razão e deveriam ser ajudadas umas pelas outras atingindo-se assim o cobiçado equilíbrio dentro de nós.
Existem várias formas de se comunicar com o mundo e com as pessoas e eu uso muito mais a minha linguagem emocional do que as outras linguagens, talvez seja por isso que a minha sensibilidade se destaque muito mais do que a minha razão.
Fale com o autor:

MEUCAMINHAR@YAHOO.COM.BR


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