Albatroz, albatroz! Se tu pudesses me dar
Essa onda que beija a areia e a lua que beija o mar.
A terra que tem palmeiras, onde canta o sabiá
Albatroz, estou cansado! dá-me asas pra voar
Eu quero ir pra pasárgada, lá sou amigo do rei
E como farei a viagem? Só Deus sabe, eu não sei
A bruma de oitenta anos,cobriu-me com branco véu
Albatroz dá-me estas asas. Eu quero voar pro céu
O meu céu tem mais estrelas, aves gorjeiam por lá
As várzeas têm mais flores e mais estrela no mar
O meu bosque tem mais e a vida tem mais amores
Albatroz, estou cansado! dá-me asas pra voar
Oh!que saudade que tenho, da aurora de minha vida
Da minha infância querida,oh, quanto tempo já faz!
O amor, a vida, um sonho! Naquelas tardes fagueiras.
À sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais.
Albatroz, albatroz! Se tu pudesses me dar
Essa onda que beija a areia e a lua que beija o mar.
A terra que tem palmeiras, onde canta o sabiá
Albatroz, estou cansado! dá-me asas pra voar
Eu quero ir pra pasárgada, lá sou amigo do rei
E como farei a viagem? Só Deus sabe, eu não sei
A bruma de oitenta anos,cobriu-me com branco véu
Albatroz dá-me estas asas. Eu quero voar pro céu
NA
MEUS OITENTA ANOS", estabelece diálogo com Castro, Abreu, Gonçalves e Bandeira. Apropria-se de seus versos, já consolidados como domínio público, e, embora não tenha usado aspas para interagir com aquelas obras, os nomes dos autores foram,aqui, declinados. É isso...
O comentário de HLuna justifica a valia desta dialogicidade:"Conversa pra lá de encantadora e que resultou num belíssimo poema...
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