Desejo tão somente esquecer,
As memorias que persistem,
que insistem em permanecer.
Desejo tão somente viver,
o agora, o hoje, o já,
senão, decerto vou morrer,
arrastando um passado,
que insiste em permanecer.
Desejo tão somente o futuro,
com as surpresas que hão de vir,
carregando quem sabe, em suas asas,
a repetição da vida, no porvir.
Que sejam suaves as lembranças,
que doam menos, com esperanças,
embaladas em nuvens de amor,
semeada em terra abundande,
florecendo no meu coração.
Que seja simples o gesto despojado,
de entregar-me por inteiro,
pra ver um quadro, onde,
ninguém carregue a minha dor.
A mim importa, e é só meu,
O tamanho deste amor.
Valentina Fraga |
