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Poesias-->Encontro e Fuga -- 30/01/2010 - 21:56 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Encontro e Fuga.
Farei quase de conta
que é o acaso
e talvez à tua frente
me recorte.
Algo um pouco em desajeito
que é minha marca;
mas mostrando que sou firme
e não te vejo.
E você algo assustado
então perceba
que sou eu, aquela lá,
a dos poemas...
Imagino que se arrisque
e valha a pena
derrubar por acidente
alguma coisa
e eu então reconhecer
o nosso esquema.
Sei que o ímã dos teus olhos
me aprisiona
e depois de tanto tempo
serei tola.
Sei da química
do espaço
das faíscas.
E do tanto que desejo
teu abraço.
Imagino nossas noites
sem compasso
sem bom senso,
com desejo
e pouco tempo.
Mas terão as iniciais
que doem por dentro.
E então sim : será a hora
de ir embora.
Porque tudo que é divino
e singular
faz questão – amor também-
de terminar.
Irei – me assim
(e deixarás)
devagar e sem palavras
-eu sei lá!-
E os momentos ficarão
como tatuagens.
Abrirei a minha porta
agora outra
revirando os cantos todos
à procura
e sem nada ver-me hei
já quase nua
com a alma embora só
agora tua!
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