Minha lince !
Em pleno êxtase, assim estou hoje !
Num arroubamento interior luzente.
Feliz como uma criança,
Que brinca com o seu primeiro brinquedo de natal !
Uma felicidade branda, como o zéfiro, que refresca o meu corpo nú.
Procurei por toda a parte, por uma vida inteira,
Pelas encostas de meu saber, por rios tortuosos do entrever.
Olhei por cima de muros imaginários, até na net fui me enfiar !
Encontrei você, achei o meu presente procurado, meu amuleto eterno.
Minha linda companheira, hoje fundida em minha derma,
Como via nos currais de minha infância,
Marcação de gado, onde o ferro em brasa formava um desenho doloroso,
Terminante, até estranho e confuso, no couro do animal inquieto.
Um pacto, uma fusão dorida, porém necessária e cheia de nosso amor.
Ela me protege, minha guia, pelos caminhos obscuros a percorrer,
Sempre atenta, com o seu olhar esverdeado talvez,
Aquele das profundezas a refletir nossa aura,
Um olhar daqueles que jamais olvidamos, que tememos permanecer,
Vigia-me como cão fiel, desperta ciúmes noutras fêmeas.
Sempre estará bem próxima de meu coração, que nunca mais ficará vazio,
não posso mais expungir... !
Encontrei a mim....., quando encontrei você minha Lince sem fim.........!
Rimarquesz
(minha 1ª tatuagem)
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