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Cronicas-->Vaidade -- 09/11/2005 - 14:31 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Você conhece bem aquele tipo vaidoso, CDF irrecuperável, só ele é quem sabe das coisas, se isola dos colegas de turma, faz os trabalhos sozinho e quando os apresenta, ainda se jacta em dizer que : "é fruto do meu esforço, fiz sozinho".
Pois bem, ele era sempre o primeiro a fazer perguntas, procurando se exibir, tratando de temas que os outros alunos sequer tinham visto, pois ele sempre lia uns dois capítulos à frente para ir se inteirando dos assuntos.
Mas, naquele dia, há sempre um dia especial na vida das pessoas, ele estava realmente pelo lado sombrio da lua. Logo que o professo fez a pergunta, ele levantou a mão e se ofereceu para responder. Como sempre, arrotou sapiência, mas, para espanto geral, o professor, de saída, retrucou: "você perdeu uma ótima oportunidade ficar calado". Fez-se uim silêncio sepulcral na sala de aula. Ele ficou vermelho. Pigarreou e, dali a cinco minutos, pediu licença para ir ao banheiro. Alguém sussurrou: É, vai logo fazer o número dois, pois o ambiente já está fedendo.
Na última aula, quando ele estava quase se recuperando do vexame que ocorrera na primeira, na hora da entrega dos trabalhos que o professora aconselhara fizéssemos em grupo, ele disse ao professor: Eu fiz o meu ilsoladamente, professor. É fruto do meu esforço pessoal.
O professor balançou a cabeça num gesto de desaprovação.
Lançou uma rápida vista d olhos sobre o trabalho que estava, como de costume, muito bem apresentado, datilografado a capricho, e resolveu fazer perguntas aos aulos, para complementar, segundo ele, a nota de avaliação, no entanto, pelo desenlace, creio que ele já estava com aquilo arquitetado.
Quando perguntou ao vaidoso o mais elementar da questão, ele titubeou, gaguejou e não soube responder. O professor, então, em voz alta, foi logo dizendo impiedosamente: "Você nadou, nadou, fez mergulhos profundos e, no entanto, morreu na praia. Não soube me responder o elementar, o trivial desta questão. Rapaz, eu tenho lhe observado desde o início do ano, você não se entrosa com seus colegas. Eu tenho pena de você, um poço de vaidade. Um poço vazio. Conviva, aproveite o tempo de estar com os seus colegas, seja um deles, senão você vai acabar ficando sozinho, convivendo apenas com as suas idiosincrasias, com as tolas vaidades".
Ele ouviu tudo calado, inchando como um sapo, de cabeça baixa.
Noi outro dia, trancou matrícula e ficou para colar grau com a tgurma do ano seguinte. Nunca mais ouvi falar dele. Mas, ainda hoje, lembro com tristeza este episódio dos meus tempos de faculdade. É uma pena!
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