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Artigos-->59. HAVERES E DEVERES — EDUARDO -- 18/12/2002 - 08:00 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Devagar encontraremos o nosso rumo no mundo. É verdade que a experiência é muito importante para a aprendizagem, mas o bom exemplo, as leituras dignas e a meditação contumaz trazem acréscimos de luz de elevada magnitude, com o que adquiriremos maiores facilidades para saldar as nossas dívidas no crediário do Senhor. Somos seres muito imperfeitos e o reconhecimento deste fato é oportuno para favorecer a humildade necessária para a recondução ao caminho do Senhor. Mais tarde, quando nossa mente estiver plena de conhecimentos e o nosso fardo carregado de bons cometimentos, estaremos em condições de nos apresentar para aventuras de maior significado. Por enquanto, oremos para que a nossa mente se ilumine e para que possamos agir segundo as normas evangélicas.



Caso específico e muito sério é o do irmão leitor que não considera a si mesmo necessitado de conselhos de ordem moral, por achar que já leu muito e que já pelejou nas lides do mundo, envolvendo-se em situações perigosas, das quais se saiu com galhardia, tendo superado as sugestões desonestas e demonstrando saber qual a verdadeira decisão, a que tomaria qualquer apóstolo dileto do Cristo. Ora, tais qualidades são imprescindíveis para quem quer que deseje pôr-se ao lado dos caminheiros do Cristo. Mas para a salvação, é preciso mais: é preciso reconhecer-se pequeno, da pequenez dos mortais; é preciso alijar de si qualquer presunção de que está pronto, qual mercadoria embalada, etiquetada, selada e despachada pela aduana, que aguarda tão-só as providências manuais do embarque.



No que respeita aos homens, não é nem pode ser assim, pois tudo decorre das atitudes que cada um delibera tomar em cada instante que passa. A presunção de que tudo está feito é conclusão que nos chega ao espírito em momento determinado. Ora, se nesse dado momento estivéssemos a ajudar alguém, se estivéssemos a orar, a ler bom e edificante texto moral de relevância, estaríamos acumulando prendas ao nosso acervo de benfeitorias, mas se nos detivermos em considerações de valorização de ordem pessoal, estaremos demonstrando que somos egoístas e vaidosos, que estamos ocos, embora esteja a nossa carga pesada e o nosso alforje cheio. De que valeu, então, o sacrifício, se não fomos capazes de assimilar os ensinamentos inerentes a cada um deles? De que valeu tanto esforço, se nos arremessamos, doidivanas, a escarafunchar méritos, para podermos fazer a balança pender a nosso favor?



Não é assim que devemos agir, nem mesmo quando estivermos pressentindo que aquele é o nosso último exalar, em difícil respiração de moribundo. Até nessa hora extrema, é momento oportuno para alguma realização em prol de nossa redenção, em prol de nosso ascensão ao reino de Deus.



Sendo assim, irmãos, vigiem os corações, fazendo com que batam em suave harmonia com os de seus êmulos mais perfeitos, já que vocês têm oportunidade de livre escolha dentre os que, com mais ardor, perseverança e descortino, souberam seguir as ordenações do Cristo em sua peregrinação evangélica. Apóstolos existem que são exemplos da maior virtude e dignidade. Santos foram canonizados pelos padrões religiosos para servirem de modelo para se pautarem as atitudes humanas. Façam-no da mesma forma, inspirando-se na tribulação de seus antevos, pois não há novidade no enfrentamento das dores, dos sofrimentos e dos sacrifícios. Espelhem-se no comportamento dos bons e dos justos e reflitam, com veemência e com entusiasmo, no modo de vocês mesmos encontrarem as saídas morais para os seus problemas, desde os mais simples até os que exigem definições de procedimento virtuoso integral, em testemunho total de fé.



Muitas vezes vocês se depararão com situações em que se cobrarão os seus conhecimentos, o seu descortino e a revelação de sua consciência. Preparem-se, pois, para elas, com muita fé, muito respeito à dor alheia, muito amor ao próximo e, principalmente, com muita segurança em seu proceder com base nos ensinamentos do Cristo. Não recuem jamais, pensando que tudo está feito. Jamais! Tenham confiança em que não serão desamparados, pois seus créditos estão sendo devidamente computados, mas não queiram perder, em um segundo de hesitação, tudo o que conseguiram amealhar a vida toda.



Saibam que a sabedoria não se adquire para guardar na memória, mas para integrar a personalidade, de sorte que cada segundo de vida será a demonstração experimental vívida do cabedal de conhecimentos que a consciência é capaz de arquivar ao infinito. Não parem para exigir, mas para decidir sabiamente em consonância com os haveres e deveres de seus sagrados tesouros morais. Eis que, aos poucos, muito aos poucos, tão aos poucos que reencarnações são necessárias para isso, eis que, um dia, brilhará em seu horizonte luz muito poderosa e vocês pleitearão trabalho mais sublime, pois estarão em condições de realizar julgamentos não equivocados a respeito dos próprios méritos. Graças a Deus, esse futuro a todos nós está sendo acenado pelo Cristo e ninguém ficará fora de uma das moradas de Deus. Entrementes, no entanto, rezemos, irmão, para que nos seja dada luz a cada novo passo, na estrada que nos leva ao nosso destino final.









COMENTÁRIO — MANUEL



O irmãozinho saiu recentemente de casa de saúde, em que teve oportunidade de meditar profundamente a respeito das venturas e desventuras por que passou na derradeira encarnação. Viu-se envolvido em situações deveras curiosas, pois constantemente lhe foram exigidas considerações a respeito das atitudes que cada pessoa tomava, a cada novo passo de sua caminhada. É que foi pastor protestante e não podia furtar-se a considerações de caráter moral e religioso. Evidentemente, baseava seus conselhos e pontos de vista nos ensinamentos hauridos dos livros e das palavras de seus maiores. Não soube, entretanto, administrar com proficiência a própria palavra e acabou lançando nas “chamas do inferno” algumas de suas ovelhas, por não terem certos “pecados” sido superados. Não considerava como fraca a carne; queria que todos fossem capazes de suplantar os desejos, as tentações, do mesmo modo que o Cristo fez, quando muito lhe foi ofertado mas nada foi aceito.



Sendo assim, deveria, desde logo, precaver-se quanto às tentações, mas não foi capaz de resistir e caiu mais de uma vez. Por isso, pesava-lhe na consciência a dicotomia “pensar/agir”, pois o que condenava nos outros não sabia como perdoar a si mesmo.



Este foi o drama que trouxe para este nosso lado da realidade, pois seu desencarne se deu quando ainda estava no inteiro domínio de suas forças. Mais tarde, após o desenlace, permaneceu longo período sob o efeito de sedativos, para não despertar em angústia, o que não iria ajudar em nada o seu ajuste ao campo novo em que passaria a atuar. Tendo recebido ajuda magnética, pôde, por efeito de desdobramento, reconhecer a sua situação e caracterizar, com propriedade, o maior problema que o afligia, não sem que lhe fossem atenuados os efeitos morais que, caso contrário, o levariam ao desespero.



Cônscio de sua problemática, foi despertado com a ajuda de irmãos socorristas e internado naquela casa de saúde, onde pôde “conviver” com outros espíritos convalescentes de problemas similares. Aí, foi-se inteirando, definitivamente, não só da falsidade de suas pregações, como também e principalmente dos recursos que lhe estavam ao alcance, para sanar as possíveis falhas, que cometera em nome de um deus colérico, invejoso, presunçoso e cheio de castigos para quantos não seguissem, na cegueira, a estreiteza das orientações de que dispunha, como ordinariamente procedia com os fiéis em débito com a sua diocese. Sendo inteligente e tendo, de outras feitas, tido o poder de superar dificuldades de ordem sacra e moral, pôde, em tempo relativamente curto, recompor-se, ficando inteiramente liberto das penalidades que a si mesmo tinha imposto. Mais aliviado, conseguiu reunir forças para freqüentar algumas aulas e algumas sessões de estudo. Sendo persistente e tendo muita luz intelectual advinda da leitura de muitos textos sagrados, durante sua permanência no seminário e durante seu ministério religioso, foi-lhe, finalmente, possibilitado aproximar-se de grupo de desenvolvimento mediúnico para revelar, em texto de própria lavra, o quanto aprendeu em sua rápida estada entre nós.



Este longo preâmbulo foi necessário para que pudéssemos levar a efeito algumas considerações a respeito da mensagem anterior. Trata-se, evidentemente, de texto pleno de sabedoria e redigido sob o amparo de irmãos auxiliares, que formularam algumas questões em torno das quais pôde o nosso Eduardo explanar com desenvoltura. Trata-se de iniciativa muito louvável, especialmente se considerarmos partida de novato em transmissões desta natureza.



Agora devemos formular algumas restrições: não se trata de evidenciar falhas, pois não existem, mas de nortear o trabalho. Para maior eficácia no método do texto mediúnico, é sagrado respeitar a regra básica: a do rastreamento da idéia central condutora de todo o raciocínio. É preciso, assim, determinar, desde o início, no pórtico, o tema fundamental sobre o qual são tecidas todas as considerações. É preciso alijar o texto de interferências de tratamentos pessoais e definir, com precisão, todos os objetivos e o que se tem em mente quando de sua elaboração. Só assim o leitor não se sentirá joguete nas mãos do emissor e poderá ir assimilando as idéias, segundo seqüência de causas e efeitos, de provas e contraprovas, que levem a configurar, ao final, o acerto com que foi lançada a tese ao início da leitura.



No mais, a orientação moral está boa e é extremamente válido que se enfatize o momento final da vida dos encarnados, para que se venha a estender esse momento como sendo sempre um único momento, ou seja, que cada momento seja enaltecido como é o último e que cada um possa vir a agir segundo normas mais próximas do lado de cá, esquecendo-se de que existe mundo de prazeres, de tentações, para lembrar-se do mundo do amor que os aguarda na glória de Deus.



Sendo assim, vamos atribuir à mensagem do irmão Eduardo a nota máxima, acrescentando um “com louvor”. Mas que não fique ele ufano por ter perpetrado texto que tantos louvores está arrebanhando; antes, que fique atento à própria mensagem e se abstenha de considerá-la como definitiva e pronta para embarque. Deve, antes e acima de tudo (está ele a nos ouvir de cabeça baixa, haurindo as nossas palavras com todo o respeito), considerá-lo um dos primeiros passos da longa caminhada que aguarda a todos nós na estrada de Jesus.



Graças a Deus! Fiquemos todos com o Cristo e recolhamo-nos em prece de agradecimento por momentos tão bonitos e de tanta formosura moral.







Hoje, ainda nos sentimos muito afeitos às considerações de ordem de valor, por isso é que, em nossos comentários, fazemos questão de inserir notas e conceitos, como a estimar os atributos em bons, maus, superiores ou péssimos. Em verdadeira avaliação, nós nos restringiríamos a observar os preceitos e seu desenvolvimento, fazendo recomendações para correções, para acréscimos e para cortes, remeteríamos o autor a novos estudos e faríamos com que refizesse o texto, de acordo com a orientação.



No caso desta “Escolinha”, no entanto, muito próxima dos valores humanos, para estimular novos trabalhos, para demonstrar nossa alegria nas conquistas dos companheiros, preferimos alimentar um pouco a sua “vaidade”, atiçando-os, através de nossos comentários elogiosos, a persistirem em seu trabalho que, em suma, se pode servir a quantos o leiam, é de grande importância para o crescimento moral e intelectual do emitente.



Com isso, estamos objetando possíveis críticas a nosso trabalho. Não que estejamos preocupados por nós, mas porque tais críticas podem desviar a atenção dos comentadores para a periferia do trabalho, fazendo com que se esqueçam dos aspectos do ensinamento evangélico que queremos passar e fixar na mente dos leitores e mesmo dos emissores. É importante deixar bem claro esse aspecto, para que não se tomem como causas os efeitos e que não se tirem conclusões muito apressadas de trabalho que está sendo meticulosamente organizado.



Sabemos que o irmão médium se predispõe a apanhar todos os nossos ditados. Isto é certo e nos tranqüiliza. Mas tememos que outros leitores possam “argutamente” querer enxergar “chifres nas cabeças dos cavalos” e isto se tornará especialmente mau para eles próprios. É por isso que defendemos atitude respeitosamente ingênua diante dos textos mediunicamente transmitidos, sem que queiramos dizer que tudo deva ser aceito sem contestação. Mas a crítica possível deve partir do pressuposto de que são feitos com e por amor dos homens no Cristo.



É o que tínhamos para acrescentar como epílogo. Esta apreciação, mais que simples comentário sintético, é quase mensagem integral de orientação de pressupostos e de confecção de conclusões. Não nos atreveremos a mais para não incidirmos no erro de levar o leitor a enfado que lhe tiraria o estímulo para novas leituras, mas procuraremos contornar as dificuldades, incentivando-o a se colocar à nossa disposição ou de espíritos mais capazes e evoluídos, para a recepção de mensagens psicografadas ou não, que possibilitarão desenvolvimento mais rápido dos trabalhos de divulgação mediúnica do evangelho do Cristo.



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