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Contos-->A AMANTE IDEAL ( Paulo Barreto ) -- 10/03/2009 - 03:29 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos










O MAIS NOVO PONTO DE ENCONTRO DOS BRASILEIROS QUE MORAM NO JAPÃO
Onde quem manda é a boca. Além dos pratos especiais da casa servimos refeições rápidas da deliciosa comida brasileira, todos os dias. Na madrugada divirta-se, cante, tome drinks especiais, muita cerveja bem gelada e não deixe de saborear nossas porções. A sobremesa principal é os beijos ardentes que rolam até o dia amanhecer

















Cisterna do Poeta


Desde que eles eram somente namorados, e durante todo o noivado, sempre foi maluco pela bundinha arrebitada e redondinha que ela tinha. Quis comê-la várias vezes, nessa época, só que ela nunca deixou. Depois de casada o corpo dela amadureceu e ficou cheio de carne. A bunda cresceu ficando deliciosa, se tornando um verdadeiro tormento para o marido que pedia, implorava para meter nela sempre recebendo um não como resposta: - Atrás não Azevedo. Você está cansado de saber que eu não gosto. - Mas benzinho, como é que você sabe que...


CARLOS CUNHA







O poeta sem limites apresenta em

Grandes mestres da Literatura










A AMANTE IDEAL

( Paulo Barreto )



Esses cavalheiros haviam mostrado um certo apetite. Era, após o jantar, na residência de Ernesto Pereira, assaz feliz para ter, antes dos quarenta anos, um palacete discreto e muito mais de cem mil contos.
Com tão confortável fortuna, Ernesto estava quase branco, não bebia senão águas minerais e mantinha as mulheres como simples companheiras para distrair. Após um negócio - ceia com elas e champagne bebido pelos outros. Enriquecer quando não custa a vida e uma fortuna, custa, pelo menos, o melhor bem humano, porque transitório - a mocidade. Ernesto aliás tratava o doloroso e delicado assunto com cinismo amável. - Que querem vocês? Aos vinte anos, afastei as mulheres para conquistar a Fortuna. A Fortuna vingou-se desabituando-me do amor...
Mas era gentil, muito gentil, como diziam essas damas. Fazia as despesas de uma italiana, montara casa a uma espanhola, comia com as figuras mais impressionantes do armorial da galanteria, e protegia, às ocultas, algumas costureiras e modistas. O desprezo, ou antes, a integral indiferença de Ernesto pelas mulheres, só poderia ser notada porque esse homem jamais tinha uma história de mulher a contar. Quando narrava um fato era dos outros e referia-o sempre com o riso ingênuo da completa incompreensão. Parecia contar pilhérias de bonecos.
Os amigos julgavam-no feliz. Era-o. O homem feliz é aquele que não conhece o amor.
Nesse momento, porém, acesos os charutos no terraço sobre o mar a roda se fazia de homens, como é a maioria dos homens, tendo a vida com dois fins: dinheiro e mulher. Estavam Otaviano Rodrigues, que se arruinara por uma princesa austríaca, e André Figueiredo, com quem a princesa enganava Otaviano, mas que por sua vez tinha várias paixões, menos a princesa. Estava Clodomiro Viegas, que nunca pagara o amor e andava sempre a arranjar dinheiro para ser gentil com as generosas criaturas. Estava o comendador Andrade, que em trinta anos de francesas ainda não aprendera a falar francês. Estava Teodoro Gomes, o bolsista que enriquecia a bailarina russa de uma companhia italiana, em companhia de Godofredo de Alencar, o único literato com dinheiro.
E também palestrava Júlio Bento, lindo e excelente rapaz de trinta e cinco anos, casado, pai de cinco filhos, mas cuja lista de conquistas não deixava de ser profusa.
A conversa, precisamente, generalizava-se a propósito da última paixão de Júlio, senhora alta, com enorme boca vermelha e dois braços de tragédia, admiráveis e brancos, "as duas velas de seda da trirreme do amor", como dizia, com exagero, Godofredo de Alencar. Essa mulher agoniava Júlio Bento. Eram cartas, telegramas, chamadas ao telefone, imprevistas aparições, cenas de ciúme, ataques, tentativas de suicídio, recriminações, inquéritos minuciosos.
- Um inferno, meus caros! E eu tenho receio que minha esposa venha a saber.
- Mas deixa-a. Nada mais simples! insinuou Ernesto com o seu ingênuo e feliz desconhecimento do complicado desespero das ligações amorosas.
- É bom dizer. Ela mata-se...
- Ora!
- E para que deixar esta, se são todas assim? indagou ironicamente Alencar. Amar é sofrer, mas ser amado é o cataclismo. Não se pode fazer mais nada. Elas caem sobre a gente como os andaimes. Um gnóstico dizia que é preciso passar pela mulher como pelo fogo. Nós imbecilmente ficamos a assar. Ao demais o Elifas Levi já teve uma frase lapidar - "Queres possuir? Não ames! Nós, sem inteligência, em vez de possuir, somos possuídos. A inteligência é um perigo no amor."
- Paradoxal!
- Conforme. Qual de nós não almeja, não sonha com o tipo da amante ideal? Qual de nós, porém não sofreria se amasse o tipo da amante ideal?
- A questão é saber qual a amante ideal, após três meses...
- A amante ideal! suspirou Júlio Bento.
- É a esposa, sentenciou o velho solteirão Andrade.
- A esposa, meu caro amigo, desde a Grécia, é a mãe dos nossos filhos. Não a sobrecarreguemos... Moisés, segundo a legenda, forjou o anel do Amor. E tais foram as complicações, que logo teve de forjar com pressa um outro: o anel do Esquecimento. Nenhum dos dois é a aliança matrimonial...
Júlio Bento ficara pensativo. E de repente:
- Como o Alencar fala a verdade. Eu já tive a amante ideal.
Houve na roda um alegre sobressalto.
- Tu?
- Como era ela?
- E deixaste-a fugir?
Júlio Bento, sem tristeza, suspirou.
- Sim. Apenas só depois é que soube... E até agora, francamente, não compreendo, não atino, não sinto bem... Que aventura! Imaginem vocês...
Acendeu outro charuto e, impaciente, continuou:
- Há uns cinco anos encontrei no teatro uma encantadora mulher. Pálida, da cor dos jasmins, dois olhos verdes, pestanudos, uma longa cabeleira de ébano, alta, magra. Estava no camarote pegado ao meu, só, vestida de preto. Olhou-me duas vezes. Da segunda havia muitas intenções. Fiquei desejoso de a conhecer, de falar-lhe. Mas, evidentemente, não era uma qualquer mulher. Saiu em meio de um ato e eu fiquei com a família, não sei por que, raivoso. Quatro dias depois ia pela rua do Ouvidor, quando a vi que vinha a sorrir. Tinha uma linda boca. Cumprimentei-a. Continuou a andar. Segui-a. Voltou-se uma só vez e logo meteu-se pela rua Gonçalves Dias. Continuei a acompanhá-la. Ela ia pelo meandro de ruas estreitas e comerciais. Enfim, num beco deserto, entrou por uma porta. Quando passei pela porta, ela estava no corredor. Timidamente disse-lhe:
- Desculpe se a acompanhei...
- Entre, fez ela com a voz calma. Não podíamos falar em ruas de movimento. Não seria conveniente nem para mim nem para você.
Fez uma pausa, murmurou: Simpatizei muito com a sua pessoa.
- E eu, então!
Ela riu:
- Sempre que as mulheres querem, os homens simpatizam ao menos uma vez.
Agarrei-a, ela ofereceu-me a boca, que cheirava a rosa, e gulosamente mordeu-me. Depois, desprendendo-se:
- Agora vá embora!
- Mas isso não pode ficar assim. Onde a posso encontrar?
- Na minha casa é impossível neste momento...
- Como se chama?
- Adelina. Até outro dia...
- Há outras casas. Por aqui mesmo...
- Hoje não.
- Por quê?
- Ninguém tem mais vontade do que eu... Amanhã, se quiser. Serve-lhe às duas horas da tarde, num automóvel defronte do terraço do Passeio Público?
Concordei. No dia seguinte rolávamos, às duas da tarde, para a Quinta da Boa Vista e essa mulher era de um ardor, de uma paixão alucinantes. Apenas não saiu do automóvel e no automóvel estivemos até às seis horas. Ao deixá-la, Adelina disse-me apenas:
- Moro numa pensão da rua da Piedade. Quando quiser, escreva-me.
- E não posso lá ir?
- Se quiser, durante o dia.
A minha curiosidade conseguiu saber aquilo que ela não dizia, mas de que não fazia mistério. Chamava-se Adelina Roxo. Era casada, separada do marido. Vivia mantida por um velho diretor de banco, que lhe dava larga vida. O seu modo era tão esquisito, tão diverso das outras mulheres quando desejavam, que me abstive de a procurar oito dias. Quando as mulheres são sinceras, os homens são "cocottes".
O "chiquet" é a essência do amor. Apenas verifiquei a inutilidade do processo e apertou-me o desejo. Queria aquela volúpia e queria também conhecer a mulher. Escrevi, pela manhã, uma carta sem assinatura, e lá fui. Recebeu-me deliciosamente. Tinha três salas admiráveis. O gabinete de vestir era mobiliado de sândalo com incrustações de marfim. Os tapetes altos de seda turca contavam em azul sobre fundo rosa suratas do Korão. Um cheiro de rosas errava no ar, e ela despindo um "chartcha" de seda pesada apareceu-me através de um tecido de Brussa com a pulcra delicadeza de um lírio à sombra. Amei-a furiosamente. Ela era das que, entregando-se, infiltram nos mortais ainda mais desejo. E se eu a amei, ela teve todas as etapas do delírio desde o frenesi ao desmaio. Ao sair esperei alguma frase, um pedido, uma súplica. Nada. Não me demorou, beijou-me com a alma. E não disse uma palavra.
Era diversa, integralmente diversa das outras. Certo gostava de mim, gostava com um calor que eu não sentira em nenhum outro corpo. Mas todas as mulheres querem saber coisas, perguntam onde vamos, indagam se as amamos muito, se será para sempre, e não deixam de reter mais alguns momentos a criatura... Ela não teve um só gesto nem uma das frases banais, mas que estamos acostumados a ouvir.
Claro que voltei. Conversávamos. Ela, sem pedantismos, sabia muito mais do que eu. Viajara a Europa inteira, falava várias línguas, conhecia os poetas de diversos países, que lia em encadernações de antílope com fechos de ouro lavrado. Mas, rindo com infinita alegria, prendendo com a sua clara voz, o seu olhar de brasa verde, o seu corpo de jasmim, jamais perguntou pela minha vida. E também não me disse uma palavra a respeito da sua, e também não me pediu nada. Sabem vocês como as mulheres gostam de contar a própria vida aos amantes. É um duplo exercício de mentira e de tortura. Sabem vocês, como ao cabo de uma semana não se pode dar um passo sem ter a senhora apaixonada a perguntar-nos os detalhes mínimos do dia. Ela abstinhase desses atos, naturalmente. E, talvez por isso, se o meu desejo aumentava, a minha desconfiança irritada crescia. Nem o meu nome ela perguntara - nome que, de resto, devia saber. Tratava-me de "Meu pequeno", meu "guru". Um dia disse-lhe:
- Não sabes o meu nome?
- Não.
- Mas eu assino as cartas...
- Ah! sim, as cartas... Mas não quero o teu nome, quero-te a ti. Que me importa que te chames João, Antônio ou mesmo Júlio?...
- O tratamento de "guru", entretanto...
Ela deu uma grande risada.
- Ah! essa palavra é de um grande poema de amor, o "Ramayana". É uma palavra de carinho, de afeição que não tem tradução. Achei-a simpática. Só a ti no mundo eu chamo assim. Porque só a ti no mundo eu amo, meu pequeno...
- Enfim, um homem casado transformado em "guru"...
Eu dizia para forçá-la a perguntar-me as coisas. Foi em vão. Em virtude de tanta liberdade, como sou humano entre os lamentáveis humanos, aproveitei-a para traí-la. Traí-la? Pode-se trair uma mulher que não nos toma contas? Tive várias intrigas amorosas, que me deram enormes incômodos e fizeram-me enormes despesas. Todas essas mulheres amavam-me como loucas e eu as deixei sem que elas mudassem. Alguns negócios forçaram-me a ausentar da cidade.
- É uma aventura mortal! dizia a mim mesmo para convencer-me.
E ao chegar das viagens, lá ia entre desejoso daquele amor impossível de pôr em dúvida e um vago mal-estar, uma inquietação. Afinal, teria ou não interesse por mim? Tinha, era evidente que tinha. Mas não era bem esse alheamento da vida comum. Talvez forçasse a indiferença para não contar os mistérios da sua existência. Mas, respondia sempre com franqueza a tudo quanto lhe perguntava! Talvez tivesse outro amante. Inquiri, observei. Não. Além do velho banqueiro, só a mim...
Os nossos encontros faziam-se intermitentes. Semanas havia que estávamos juntos todos os dias. Depois passávamos semanas sem nos vermos. Era natural que essa mulher, diante de uma ausência prolongada, procurasse falar-me, escrevesse, passasse um telegrama ao menos. Pois nada. E recebia-me com a mesma ternura, o mesmo sincero amor, sem uma pergunta. Às vezes resolvia não a procurar mais. Encontrava-a, porém, na rua, e a irradiação do desejo era tão forte, que tivesse eu o mais urgente negócio, largava tudo para segui-la. Ela também ficava trêmula, com as mãos frias. Tomávamos o primeiro automóvel e era um verdadeiro frenesi.
Diante da sua absoluta discrição, era forçado a ser discreto. Nunca trocamos uma palavra a propósito do velho diretor do banco. E a necessidade de contar a minha vida se fazia nula com o acanhamento que produzia o seu ar de não querer saber. Uma vez gabei-lhe os olhos. Eram macios e ardentes.
- Herança, meu pequeno.
- Como?
- Eu sou descendente de armênios. Minha avó devia tapar os olhos. Eles ficaram com mais luz e mais doçura. São olhos de serralho...
- Curioso. Por que não me contas a tua vida?
- Porque não vale a pena.
- Mas não perguntas pela minha?
- Para não te aborrecer. Eu sou a tua escrava. Dei-te o meu desejo e o meu coração. Não tenho o direito de perguntar. Estamos assim tão bem...
Ela falava com tanta brandura, as suas mãos de jasmim pousavam tão docemente sobre os meus olhos, que senti uma infinita pena de mim mesmo, e calei-me... Sim, de fato, para que falar, para que mentir, quando não mentíamos ao nosso desejo? Vivemos assim largo tempo. Se não ia à sua casa e a via na rua - era fatal, soçobrávamos na volúpia. Às vezes o desejo era tão forte e imediato, que ela entrava em qualquer porta e ali mesmo as nossas bocas se ligavam vorazes - antes de seguirmos para a luxúria ardente dos seus aposentos.
Possuía-me e entregava-se como jamais pensara que fosse possível!
Conservara durante anos a mesma chama, a mesma maravilhosa chama. Sem uma intimidade, sem detalhes da vida comum, sem me interrogar, sem chegar a esse momento habitual em que dois amantes são iguais a duas criaturas comuns. Eu a consideraria exasperante, se, talvez por isso - o meu desejo nunca tivesse força de resistir.
Enfim, há três meses tive de ir à Bahia. Ia demorar, pelo menos, trinta dias. Podia dizer-lho. Mas o meu orgulho resistiu. Passei a tarde com ela, aliás, e quando consultei o relógio, ainda esperava uma pergunta, que não veio. Parti. Não escrevi. Não escrevi, posto que pensasse nela. Era o que eu julgava uma vingança. Ao chegar, não resisti e fui vê-la. Recebeu-me a dona da pensão, uma velha francesa.
- Bem dizia madame que o senhor tornaria...
- Onde está ela?
- Oito dias depois daquela tarde, ela caiu doente, muito mal. Esteve assim três dias. Afinal, os médicos acharam necessário uma operação. Era apendicite. Saiu daqui para ser operada no Hospital dos Ingleses. Mas antes de sair, chamou-me. Lembro-me bem das suas palavras, `la pauvre"!
"Madame Angéle, eu vou morrer, sinto que vou morrer. Quando o meu pequeno aparecer, diga-lhe que não fique triste, mas que eu morrerei pensando nele como o meu único bem..."
- Então?
- "Pauvre petite!". Morreu na mesa de operações...
- Mas onde a enterraram?
- Não sei, não acompanhei. Talvez perguntando ao Sr.Herbrath...
Desci, quase a correr, para não mostrar à velha francesa as minhas lágrimas. Todo esse longo, o único longo amor da minha vida, surgia aos olhos do meu desejo como um sonho. Tinha sido uma ilusão, a imensa ilusão. E desaparecera, de modo que nem mesmo lhe sentira o amargor, nem mesmo lhe compreendia o fim, pensando na última tarde que fora a primeira, sempre primeira, sempre nova, sempre a que afasta para depois a tristeza...
Na rua, eu era como o homem que; tendo tido uma entrevista de amor em que amou com fúria - procura encontrar de novo aquela que não teve tempo de conhecer bem, com a ânsia dos vinte anos.
O criado de Ernesto entrou nesse momento com o café e largos copos de cristal, onde gotejou uma famosa "fine" de 1840. Júlio recebeu o copo, virou-o. Se estivéssemos em tempo de emoções, a sua história poderia ter comovido. Mas não estamos. Otaviano é que disse com indiferença:
- Curioso!
- Nunca me pediu nada, nunca lhe dei nada, nunca me perguntou nada, continuou Júlio Bento, com a voz surda. O sentimento que conservo por ela é o mesmo: um louco desejo e uma certa humilhação...
- Porque tu és da vida comum e ela era o amor, respondeu Alencar. O amor é o desejo acima da vida. Talvez nunca tivesse dito sem o sentir uma tão profunda frase. Nenhum de nós nascidos e vividos na mentira e na tortura da mulher, compreenderia essa amante que existiu, como todas as coisas irreais. Mas, se nos fosse dado compreender - aos homens como às mulheres, todos nós invejaríamos a tua sorte e o prazer superior dessa suave perfeição. Para conservar o desejo é preciso não mentir, não pedir e não saber. Ela foi a amante ideal, a única sincera.
Nesse momento o criado voltou a prevenir Bento de que uma senhora estava à sua espera num automóvel, a chorar.
- É, a Hortência! bradou Bento. Nem aqui me deixa! Por Deus, não lhe contem essa aventura. Teria ciúmes da morta. É insuportável!
E como todos os homens neste mundo, precipitou-se ansioso para a amante, igual às outras.












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(clique no título para ler o texto)





O Poeta alegrando a criançada

Vídeos de desenhos que vão causar verdadeiro delírio nas mentes inocentes e cheias de fantasias das nossas queridas crianças. Elas precisam de amor, de receber carinho, de cuidado e educação, mas não podemos esquecer que também de muita diversão. Merecem sempre o melhor e nesta página terão acesso aos mais bem montados e divertidos desenhos animados da INTERNET.
Periodicamente novos e maravilhosos desenhos serão aqui colocados. Diversão sadia pros pequeninos e muito mais descanso pras suas prestimosas, adoráveis e dedicadas mamães.




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Arquivo do Poeta/Pra Carminha “uma pica” é só diversão



- Quando trazemos um cara aqui em casa ele mete em mim e você não o deixa nem te tocar! O pior é que quase sempre é você quem escolhe, não entendo como agüenta. Não tem mesmo vontade de sentir uma “rola” enorme entrando em você?

- Quem falou que eu preciso disso? Você está cansada de saber que eu não gosto desse negócio! Não suporto que um homem me toque.

- Ta legal! Ta legal! Não precisa ficar nervosa! Eu tirei por mim mesma, afinal é um prazer que eu não dispenso e que não fico sem. Porra não precisa ficar assim, a gente só ta jogando conversa fora.

- Eu sei, só que não gosto de te ver falando nisso. Ta cansada de saber.

- Que é que tem? Eu acho delicioso quando entra rasgando. No rabo, na “xana”, na boca. Chupo com a maior vontade, engulo até engasgar e bebo deliciada a porra que ele goza. Eu adoro uma “pica”.

- Para. Para Carminha de falar assim, a Magali disse aos gritos e muito nervosa caiu num choro sentido.

- Calma meu amor, não precisa chorar! Nós temos um acordo. Você sabe que uma “pica” pra mim é só diversão e que meu amor é você, não sabe? Que você é a única mulher da minha vida, a Carminha falou e abraçando a amiga a beijou nos olhos, sentindo o gosto amargo das lágrimas dela.

- Eu sei, só que quando te ouço falando assim fico desesperada. Deixo-te transar com homens e até te arranjo uns caras legais porque sei que isso te faz feliz, mas quando você começa a falar eu sofro muito.

- Ta bom, eu não falo mais. Agora para de chorar e me da um beijo.

Pouco depois as duas estavam no tapete se lambendo e se chupando, completamente esquecidas da briga boba que tinham tido.



Magali já tinha passado dos 30 e sua amada era a Carminha, uma linda menina de 18 anos. Era apaixonada por ela, na verdade a adorava e fazia todas as vontades dela. Dava-lhe de tudo e satisfazia todos os seus desejos, por mais absurdos que eles fossem. Era muito possessiva e morria de ciúmes dela, mas mesmo assim permitia e até arrumava belos rapazes para participarem das transas entre elas. Sabia que sua querida adorava fuder com um homem e agindo assim a mantinha presa a ela. Bastava saber que era a única mulher da vida dela para se sentir feliz.



- Na semana que vem uma prima minha, que mora na França, vem passar um mês no Brasil e eu pensei se a gente não podia deixar ela ficar aqui.

- Aqui? Mas se ela vem passear vai querer ficar com a família! Além disso, todos em sua casa são contra a gente viver juntas. Aposto que ela também não vai aceitar.

- É claro que vai. Ela é uma pessoa maravilhosa e muito especial. To pedindo pra ela ficar aqui porque ninguém sabe que ela vem, só eu.

- Como, ela não avisou a família? Eles não sabem que ela vem?

- Não. Ela mudou para a França por causa de problemas com eles e não quer ver ninguém. A única que tem amizade com ela sou eu, o resto da nossa família nunca a aceitou por ela ter nascido como é. Todos sempre a trataram com preconceito e como se ela fosse uma pessoa anormal. Foi por isso que ela foi embora do Brasil.

- Mas por que? Ela tem alguma deficiência?

- Não. Bem, não sei se o caso dela pode ser chamado de deficiência. É que ela nasceu com dois sexos.

- Jura? Você tem uma prima com dois sexos! Ela tem uma buceta e um pau?

- Tenho, e é por isso que eu quero que ela fique aqui com a gente. Pra ela não ter de ficar em um hotel.

- Não sei Carminha. Tem certeza que não vai ser problema pra gente?

É claro que não. Você vai adorá-la. Ela nasceu assim, mas eu já te falei que é uma pessoa maravilhosa.

- Tudo bem então, ela pode ficar aqui. Que dia ela chega?

- Na quinta, dia 22.



Há mais de quatro anos ela tinha deixado a família e o Brasil, onde nunca conseguiu ser feliz, e ao descer no aeroporto estava com medo de se arrepender dessa viagem. Ninguém além da Carminha, uma prima que tinha 14 anos quando ela viajou, sabia da sua chegada e ela tinha prometido esperá-la e guardar segredo de sua vinda. Apesar de ser bem mais nova, tinha sido a única pessoa a aceitá-la como era e capaz de amá-la assim mesmo estava ansiosa para vê-la.
Olhava para todos os lados, na tentativa de reconhecê-la, quando foi abraçada por uma moça que a esperava no portão de desembarque.

- Você não mudou nada Beatriz, está tão linda como na última vez que te vi!

- Carminha! É você mesma? Como cresceu! Tornou-se uma mulher linda.

As duas se jogaram uma nos braços da outra e choraram de alegria, falando ao mesmo tempo e se beijando emocionadas. Quando se acalmaram foi que a Carminha se lembrou da amiga que, parada ao lado, era testemunha da alegria das duas.

- Esta é a Magali, Beatriz. Uma grande amiga, ou melhor, a minha amada. Nós moramos juntas.

Depois das apresentações e das trocas carinhosas de cumprimentos a Carminha convidou a prima para ir a sua casa. A Raquel disse que tinha muito que contar a ela, mas queria antes ir a um hotel para tomar um banho e descansar da viagem. Pediu para que deixassem a conversa para mais tarde.

- Você não entendeu Beatriz. Vamos pegar suas malas e ir para casa que é lá que você vai ficar.

- Não precisa não. Já tenho reserva marcada e vou ficar em um hotel, afinal é só um mês. Não quero incomodar vocês.

- Nada disso. Já está decidido e você vai lá pra casa. Não vai incomodar em nada.

- Não vai mesmo Beatriz. Há anos que vocês não se vêem e a Carminha faz questão de passar o maior tempo com você. A melhor maneira é ficando lá em casa.

- Mas e a reserva? Eu vou tirar a liberdade de vocês duas.

- Que nada, nós até já arrumamos o seu quarto. Ele é um pouco pequeno, mas eu garanto que você vai ficar melhor lá que em um hotel. Vamos logo pegar as suas coisas, a Magali falou ajudando a Carminha a convencer a prima.



A Beatriz acordou e a lua cheia que viu pela janela, estampada no céu negro, mostrou a ela que já era noite. A viagem a cansara mesmo e tinha dormido por várias horas.
Sorriu ao lembrar da prima, de como ela tinha crescido. Já era uma mulher e parecia feliz com a tal de Magali. Tinha gostado muito da amada dela.
Desceu a escada que levava até a sala e lá ela encontrou as duas se beijando ardentemente. Quis voltar sem fazer barulho, mas elas a viram e a Carminha disse naturalmente e feliz por vê-la:

- Oi Beatriz, tudo bem? Descansou bastante?

- Oi, desculpa. Eu não queria incomodar, a Beatriz falou bem constrangida.

- Desculpa por que querida? Eu te falei que nós vivemos juntas e é bom você se acostumar com os nossos beijos.

- É nós nos amamos e adoramos beijar, a Magali apoiou a Carminha também com naturalidade. Se você tem alguém especial sabe como é gostoso.

- Vem, senta aqui com a gente prima. Estamos loucas pra saber como é a sua vida na França.

As três ficaram conversando até bem tarde e quando foram dormir a Beatriz custou pegar no sono. Além de não conseguir tirar da cabeça o beijo que presenciou entre as duas – entre a prima e sua amada - e os gestos e olhares carinhosos que uma tinha com a outra, elas estavam no quarto ao lado e durante muito tempo ficou escutando o barulho que a cama delas fazia e também os sussurros e gemidos que davam. Só adormeceu depois que penetrou o dedo de uma das mãos na vagina e com a outra acariciou o enorme cacete que tinha e que estava duro. Gozou com a dupla masturbação e então dormiu sossegada.





Clique no link abaixo para ir á uma das páginas do Poeta, onde se encontra o texto ( Pra Carminha “uma pica” é só diversão ) original... Nelas você encontrara fotos, gifs e vídeos eróticos de longa duração, tópicos de interesse geral, além de links que te levam a conhecer altos valores da nossa literatura e muita coisa interessante existente na NET. São verdadeiras fontes de informação, diversão e lazer para leitores de todos os gostos e idades.



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O melhor da Música Brasileira. Músicas de primeira linha tão ricas e quase esquecidas, na verdade avultadas e pisadas pelas “turmas” e “bondes” que estão sendo tocadas nos últimos anos pelas rádios brasileiras! Elas alegram os corações da nossa gente miserável e provam o verdadeiro valor da música da nossa terra.
Vídeos de grandes intérpretes e músicos, de momentos marcantes da Jovem Guarda e dos Grandes Festivais, para mostrar o que há de melhor em nossa música serão periodicamente colocados em “Jóias da MPB”.




(clique para assistir esses vídeos maravilhosos)






O Poeta sem limites em outros espaços da NET









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