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cronicas-->Do Maluf -- 12/09/2005 - 15:00 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Do Maluf
maria da graça almeida

- Mãe, se eu fosse você não publicaria isso...
- Por quê?
- Irão apedrejá-la.
- É?!
- Poucos entenderão a pena que sentiu
de um homem que tanto "sacaneou" o município,
o estado, o povo.
- Paciência! Para ele não há desculpas, não mesmo, mas tenho o coração mole...
- Pense bem! - advertiu-me, preocupada.

Ainda assim resolvi publicar...
Já providenciei o guarda-chuva.

Enquanto a saúde, a educação, a segurança mantiveram-se sob a poeira do descaso, o senhor Paulo Maluf enviava o dinheiro empoeirado para suas contas no exterior.
As manobras nas searas da corrupção até então estiveram bem preservadas, não sei se pela engenhosidade das transações, não sei se pela capacidade de persuasão do político, ou se pela sorte do manobreiro.
Ontem, no entanto, ao vê-lo abatido e assustado, encaminhando-se para prisão, senti pena. Sei que tal sentimento foi mais uma incoerência do meu eu humano. Quero saber dos infratores na cadeia, mas aos vê-los conduzidos com certa dureza, sensibilizo-me.
E mais: considerei justa a providência, mas estranhei a agilidade. As ações da justiça sempre estiveram vestidas de morosidade. Em contrapartida, vez ou outra, apresentam surtos de mobilização e presteza, que nos põem surpresos.
Relembrando-me da história do ex-diretor de redação do Estado de São Paulo, Antonio Marcos Pimenta Neves, que assassinou a namorada em 2000 e até hoje anda livremente por aí, surpreendi-me com a rapidez da prisão do Maluf.
O jornalista assassino não representa uma séria ameaça à sociedade? E ainda assim desfruta da condição de cidadão livre.
Aqui me refiro ao um caso específico, apenas para exemplificar um dos que andam por aí à solta, pois há tantos e tantos semelhantes pelo país afora...
Mais uma vez, tenho a impressão que a justiça tenta desviar a atenção do povo para determinados fatos, atentos aos interesses de certas facções.
O Maluf merece cadeia? Merece, merece sim.
É preciso ter pressa? É preciso... para todos. E a justiça deu provas que consegue ser ágil quando tem vontade.
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