Na época do Brasil – Colônia , na Ilha da Madeira , morava uma moça com poderes sobrenaturais chamada Carmem , filha de uma mulher descendente dos povos guanches e de um mago espanhol .
Por ter o poder da cura , esta jovem foi acusada de bruxaria e perseguida pela Inquisição . Para escapar da fogueira , Carmem se escondeu no porão de um navio que partiria para o Brasil .
Na nova terra ela virou lavradora . Mas quando viu uma criança doente preparou ervas e fez magia para que ela sarasse . A partir daquele dia , Carmem não teve mais sossego e passou a ser a “curandeira” da vila .
Porém coisas estranhas passaram a acontecer naquele lugarejo : toda a sexta – feira de Lua cheia animais eram atacados por uma criatura estranha que sugava todos os seus sangues . Então pessoas maldosas inventaram que Carmem virava uma vampira e atacava os bichos . Por isto as criaturas fofoqueiras apelidaram a jovem de Draco .
A fama desta mulher se espalhou até Portugal e os “inquisitores” descobriram onde estava a suposta bruxa foragida . Desta maneira algozes foram até o Brasil para caça – la . Assim eles capturaram a moça e a queimaram numa fogueira em praça pública .
No dia seguinte o corpo queimado da feiticeira não estava mais no local . Porém no seu lugar nasceu , da noite para o dia , uma enorme árvore conhecida como Sangue de Draco .
A mãe da menina que Carmem curou acreditava que aquela planta tinha poderes mágicos e quando ela ficou com tuberculose pediu para que a filha tirasse pedaços do tronco daquela árvore e trouxesse para casa . Naquele momento a planta começou a sangrar . Com calma , a garota recolheu o sangue e pedaços desta árvore . Deste jeito sua mãe fez um chá , com este material todo , e ficou curada .
A partir daquele momento quando alguém ficava doente tomava chá da casca , das folhas e da seiva da planta Sangue de Draco . Assim o estado da criatura melhorava .
Hoje cientistas confirmaram que a planta com este nome , Sangue de Draco , melhora o estado imunológico de pessoas portadoras do vírus HIV .
Luciana do Rocio Mallon
