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Artigos-->64. CARTA DE NAVEGAÇÃO — ALBERTO -- 23/12/2002 - 06:57 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estávamos a singrar os mares perto das costas brasileiras, quando um tufão fez nossa embarcação adernar, tendo sido todos jogados às águas revoltas. Poucos conseguiram salvar-se. A maioria encontrou, naquela imensidão aquosa, o seu túmulo, sem que se pudesse sequer estabelecer vinculação oportuna com equipes de socorro que tivessem ensejo de nos auxiliar naquele doloroso transe. Eis que, no entanto, do outro lado do mistério, encontramos espíritos capazes de aliviar o nosso sofrimento, captando nossos angustiosos chamados e dando-nos visão nova da existência, da qual suspeitávamos, mas não tínhamos noção de como seria na realidade.



Após uns dias de reflexão, a que fomos induzidos, a respeito de nossa situação, fomos levados para câmaras de hospital, em cujos leitos nos acomodaram, para que se ensejassem oportunidades de restabelecimento e de convalescença. Durante o período em que lá estivemos alojados, fomos visitados por amigos da espiritualidade, que se empenharam no sentido de levar ao nosso conhecimento os débitos que trazíamos da última encarnação. Não vem ao caso citar quais tenham sido, mesmo porque muitos de nós se envergonhariam até da mera enunciação. O que nos importa referir é o fato da solidariedade de que fomos alvo nessa aflição. Não demonstravam enfado ou cansaço os irmãozinhos que nos procuraram para conosco refazerem os nossos planos e bem caracterizarem os nossos percalços e as nossas falhas.



Aos poucos, fomos compreendendo que os males de que padecíamos eram essencialmente morais e que aquele hospital pouco estava fazendo pelo nosso corpo perispiritual, que foi curado com simples magnetizações, e muito pela nossa alma, que deveria ter sofrido alterações no transcorrer da encarnação mas que voltava pouco diferente. Assim, fomos conscientizando-nos do remédio para nossa cura, fomos sendo levados à compreensão de nosso estado real e fomos sendo orientados, no sentido de nos comprometermos com nova aventura na face da Terra, para restauração dos princípios não levados em conta durante a última peregrinação.



Mais tarde, obtivemos autorização para freqüentar cursos preparatórios para nosso regresso ao mundo dos mortais, mas antes evidenciamos o desejo de vir trazer aos homens as noções elementares básicas, que obtivemos junto aos nossos orientadores e instrutores. Eis por que estamos utilizando este instrumento, para fazer chegar ao conhecimento do campo denso da matéria o nosso arrependimento, por termos sido pouco previdentes e por nos termos deixado levar por ilusões.



Sabemos que a navegação é perigosa, especialmente quando os mares estão calmos e as águas paradas, pois tudo nos leva a crer que a travessia se dará jubilosa e o progresso adquirido será rastreado pelos que resolverem seguir a nossa rota, atingindo o mesmo porto, que julgávamos seguro. Assim, no entanto, não se dá, na verdade. É preciso rezar para que a nossa travessia seja conturbada e que o nosso destino seja alcançado após muita luta e muito trabalho, desde que tudo se passe segundo as normas evangélicas da nossa carta de navegação.



Não se devem preocupar os homens em ter ganho fácil, navegar silencioso, e não se devem restringir a aceitar passadiço sem timoneiro em travessia sem problemas. É preciso que estimulem os companheiros a treinar sob condições adversas, em meio à tempestade, para que saibam que seus conhecimentos da arte de navegar estão sendo aplicados com descortino e que, embora tenham momentos de fraqueza e de desesperança, nunca devem descrer do Pai, que os conduzirá ao porto seguro da eterna bem-aventurança.









COMENTÁRIO — SIMÃO



Pensava o emissor que não iria atingir o fim, tendo em vista diversos fracassos na transmissão. Queremos deixar sossegado o irmão médium, que várias vezes viu o trabalho suspenso, dizendo que a falha foi do emitente, que se emocionou ao verificar que seu desejo se tinha tornado realidade. Não agüentou segurar o pranto no momento em que percebeu que suas palavras estavam sendo literalmente registradas e pôs-se a soluçar. Só com algum esforço conseguimos temperar suas emoções e fazê-lo retornar ao trabalho para terminar, com um pouco de precipitação, é verdade, mas cheio de boas recomendações.



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