De pés descalços,
na caminhada dos pensamentos,
quase sempre sinto dores.
As pedras que se espalham pelo caminho,
são irregulares, e quase sempre,
me fazem tropeçar.
Caio de joelhos quase sempre abrindo feridas.
Dores que se perpetuam,
senão no corpo, na memória permanecem.
Quase nunca o piso encontra-se liso,
como pista bem feita que permite deslizar.
E assim caminho, com cuidado,
reticente, e ainda sentido dores pelas feridas acumuladas,
quase sempre semi abertas,
prontas pra novamente dilacerar.
Valentina |