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Artigos-->78. SENSO COMUM E BOM SENSO — AUGUSTO -- 06/01/2003 - 07:54 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não eleja, você mesmo, irmão, a falsidade como motivo principal de sua vida. Aja com naturalidade, procurando ajustar seu procedimento às normas sociais vigentes, sem, entretanto, ferir os conceitos básicos da doutrina cristã.



Você já percebeu que o tema de nossa mensagem está fundamentado em assunto polêmico, que vem despertando o interesse dos mortais há séculos, qual seja, o de que a ninguém é dado servir a dois senhores. Claro está que as convenções sociais obrigam: “noblesse oblige”. Não era assim que os antigos diziam? Mas até que ponto podemos deixar-nos levar por normas de procedimentos que visem obter resultado amparado pelo senso comum dos cidadãos e que não visem, indiscutivelmente, conseguir atos de bom senso, os quais, inúmeras vezes, devem contrariar o que estipula o bom relacionamento social?



Vamos dar um exemplo. Seja o caso de jovem que se veja em apuros financeiros, necessitando saldar dívidas contraídas no intuito da obtenção de lucros fáceis por qualquer dos meios vigentes entre os encarnados. Que deverá fazer? Deverá providenciar outro emprego, buscando auferir ganho mais elevado, o qual possa vir a propiciar-lhe a oportunidade de satisfazer o princípio moral envolvido no fato de ter de pagar. Mas, e se não quiser onerar a família e deixar para pagar a dívida mais tarde, quando, bafejado pela sorte ou pela obtenção de ganho eventual, possa amealhar fundos que satisfaçam o pagamento em pauta?! Neste caso terá agido de acordo com princípios do bom senso, pois não buscou meios prejudiciais a ninguém. O credor, entretanto, não ficará satisfeito com a postergação do pagamento e irá até a Justiça reclamar seus justos direitos em reaver o que lhe pertencia mas que oferecera em troca de acrescentamento ao montante inicial do empréstimo. Veja que busca razões que satisfazem o princípio do senso comum, embora todos saibamos que agiu como agiota, com usura, o que está devidamente condenado nas páginas das Escrituras Sagradas.



Esse é o dilema a que nos referimos. E a pessoa comum a todo momento está sendo envolvida por situações semelhantes, sobre as quais não reflete com a devida detença e muitas vezes opta por atender ao senhor da matéria em detrimento do senhor do espírito, pois não há homem que não esteja sob a dominação, sob a influenciação de dois senhores.



Não somos extremistas, não sugerimos que tudo deva ser levado às últimas conseqüências, pois sabemos que, no mundo, existem modelos de conduta para todos os efeitos. Sabemos que o homem prudente sabe levar os seus compromissos segundo as normas do Senhor e não vai comprometer-se com as forças do mal como, de resto, fez o nosso amigo, no exemplo acima citado, extraído, evidentemente, dos arquivos que possuímos de fatos reais. Se, desde o início, operasse em sintonia com os ditames divinos, não se envolveria na delicada situação de ter de sacrificar-se a si e a outras pessoas de seu relacionamento.



Por isso é que enfatizamos o fato de não sermos extremistas, para sugerir, com toda a clareza, que devem os homens, antes de agir, pensar muito sobre o que vai resultar de seu ato, prevenindo-se para não se verem na triste situação de decidir em desfavor de alguma das pessoas envolvidas em sua ação ou reação.



É de muita prudência optar por levar ao conhecimento dos parentes, dos amigos, os dramas íntimos, as expectativas que todos temos diante das situações concretas da vida, que se nos antepõem a cada momento, incessantemente. Quando o nosso padrão de comportamento estiver a pique de sofrer alguma lesão séria e nós ficarmos, portanto, indecisos entre ter de atender a um ou a outro senhor, que nos amparem as luzes dos mais experientes, dos que se defrontaram com situações semelhantes, que não se furtarão a orientar-nos em como proceder em harmonia com os ditames da lei maior.



Enquanto não tivermos discernimento suficiente para obtemperar em favor de decisão que venha a nos “diminuir” diante dos outros, ou quando nosso convívio social não nos oferece pessoas a quem confiar possamos problemas dessa ordem, aí, possivelmente, encontraremos, nas páginas sublimes dos livros espiritistas, conforto e orientação para nossos dramas, e recursos espirituais que servirão de anteparo para que nossas decisões sejam tomadas sem ofender os princípios da solidariedade e da fraternidade e em consonância com as leis de Deus.



Não se devem deixar de lado as preces regeneradoras, dirigidas aos espíritos superiores, para que intervenham e possam trazer sua influenciação de conforto e de progresso, no sentido de oferecer soluções plausíveis para os problemas.



Quanto ao mais, nenhum mortal se verá na situação de se punir por ter de tomar atitude baseada no senso comum, se sua decisão tiver sido tomada sem a consciência exata de seus deveres maiores. Agindo desse modo, existem inúmeras seitas religiosas, que desviam os seus adeptos do plano político, por exemplo, para levá-los a considerações de ordem religiosa, que nada têm de ver com os aspectos morais superiores. Seitas existem que impedem que os adeptos respeitem a bandeira da pátria ou sirvam nas forças militares, por entenderem, extremistamente, que os que assim agem estão a servir o Demônio, que é o nome que dão ao segundo senhor.



Evidentemente, tal decisão não se pauta nem pelo bom senso nem pelo senso comum da população. Mas, se nós os interrogarmos, vão defender-se, dizendo que o que para o comum das pessoas é bom senso não passa de erro, de pecado; e o que chamam de senso comum é o que estabeleceram para si mesmos dentro das normas particulares de sua seita, as quais contrariam a norma geral.



Como se pode perceber, o problema vai alojar-se na consciência do pobre crente, que, nesse caso, usa do artifício de consultar os seus ministros, os quais exercerão o papel de conselheiros. Mas tais conselheiros não são os nossos; não são aqueles que recomendamos, pois estão altamente envolvidos pelos princípios que elegeram e não se dão conta de que existem outras normas ainda mais abrangentes, que contêm as suas particulares e as gerais da nação; são as reais normas do Senhor, que vimos de há muito enfatizando e exortando a serem seguidas.



Não nos preocupamos, portanto, em defender-nos das invectivas de que somos intolerantes. Ao contrário, predispomo-nos a atender aos princípios morais dos humanos que não ofendam os seus semelhantes e que não contrariem os objetivos fixados para o crescimento dos indivíduos rumo à sua regeneração, no encaminhamento de sua salvação.



Não se percam, pois, em considerações de ordem específica ou generalizadora que se prendam a princípios de ordem inferior na hierarquia das leis. Antes, busquemos todos oferecer os nossos atos mais puros à realização, segundo as normas contidas nos Evangelhos. Aqui está a verdadeira dificuldade, pois poucos são os que se dispõem a observar com rigor todos os ensinamentos ali contidos, preferindo dar primazia aos que de pai para filho vêm recebendo desde muitas gerações.



Tal procedimento gera a inconsciência do ato reflexo, que é muito cômodo quando o indivíduo não valoriza o seu desenvolvimento espiritual mas busca “ficar de bem com o mundo”, em atitude passiva, cheia de recriminações a quantos buscam esclarecimento nas verdades eternas. São esses contumazes infelizes que se vêem atormentados nas profundezas do Hades, sempre que retornam ao mundo dos espíritos, pois ali não existem subterfúgios suficientemente hábeis para iludir os que têm o encargo de estabelecer a ordem geral, através do cumprimento de leis mais rigorosas e imutáveis.



Por isso, irmãos, é que estamos vindo pregar a sua redenção, por meio da meditação e da reflexão dos reais valores, para que não mais se obriguem a atos sociais que burlem os princípios do Senhor, que nos deu vida e espera que nós saibamos cumprir as suas ordenações em busca da realização máxima a que cada ser se destina.



Oremos, irmãos, para que uma luz desça dos círculos mais elevados que nos venha propiciar momentos de retraimento, de contenção de nossas aspirações mundanas e para que saibamos, através de seu amparo, pautar o nosso comportamento pelas divinas lições evangélicas que o Cristo nos legou em sua peregrinação pela carne, quando teve oportunidade de compreender integralmente a nossa paixão e a nossa dor.







Graças a Deus, irmão, estamos chegando ao final de nossa manifestação. Fique com Deus e agradeça conosco a boa vontade dos espíritos guardiães que nos deram oportunidade para redigir e copiar texto que nos parecia muito difícil de ser transmitido. Ainda novato no nosso ministério, solicitamos a compreensão de todos para os nossos deslizes, que, esperamos, não tenham sido de doutrina e, se forem, pedimos, respeitosa e humildemente, que sejamos esclarecidos para o nosso bem e de todos os nossos leitores.



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