Meus dias errantes não se acabaram
A vida é uma folha sazonal
Que dança conforme o vento e as estrelas.
A vida é plena de beleza,
É uma correnteza de vinho, moldando
O escuro, as amorosas curvas,
O lento lamaçal vermelho.
A vida é essa coisa intensa
E passional que palpita entre etéreos céus,
É o que se move, o que persegue
A procissão difícil, a nave convulsa,
É o que promove as vagas
[ no espetáculo noturno,
Lamentando a janela repleta de orvalho.
A vida é o matraquear das teclas,
É o gume afiado, a gentil pétala
Rosnando para o chão.
A vida é o paradoxo
Que nos permite morrer
Gradualmente
Gerando a própria vida
(Eder Kamitani)
& 8195;
|