Quimera (*)
Passarei os meus dias, nesta vida,
A contemplar-te, assim, emocionado.
Hei de ser plenamente apaixonado
Pela tua beleza desmedida!
Mesmo a minha existência resumida,
Hei de gastar, aos poucos, encantado,
Endeusando o teu corpo enamorado,
Na graça de utopia enobrecida.
Que pena... Nem me vês... sequer procuras
entender-me. Eu que passo a noite inteira
Pensando em ti, sonhando essas locuras,
Só te sinto no sonho... Na ligeira
Caminhada de sombras tão escuras,
Perco-me na ventura deradeira!
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(*) "Poesi Brasil", 1ªedição, Ibirité (MG), Editora DGE, 1996, p. 16; "Magia", 1ª edição, Campinas (SP), Editora Komedi, 2006, p. 104; "A Voz da Poesia", Ano XXXIV, julho a setembro de 2011, n° 94, p. 1. |