Há muitos anos atrás, perto de Curitiba, havia a Vila Alfredo Chaves. Reza a lenda que, neste lugar, havia um homem rígido apelidado de Barão da Mansão. Pois ele morava numa casa enorme e tinha muitos escravos. O problema é que dentre eles, havia um jovem muito rebelde que até recebeu o apelido de Zumbi de Curitiba. Um certo dia, este rapaz tentou escapar, mas o feitor achou o pobre na mata. Então, como castigo, Barão mandou amarrar o escravo e pediu para este rebelde ser enterrado dentro de um formigueiro gigante. Três dias depois, o feitor desenterrou o corpo e percebeu que o rapaz continuava vivo. Numa outra noite ele tentou fugir novamente, mas o capataz recuperou o escravo. Por isto o dono da fazenda deu cem chicotadas nele sob o Sol escaldante. Porém o escravo não faleceu. Um mês depois este rebelde foi encontrado, numa carroça, fugindo com a filha do patrão para se casarem às escondidas. Deste jeito Barão mandou dar cinco tiros no escravo e pediu para que os capatazes jogassem o corpo, amarrado num saco, no Rio Palmital que ficava perto daquele sítio.
Uma semana depois, a mãe do Zumbi de Curitiba estava dormindo na senzala. Quando, de repente, sentiu uma mão no seu rosto. A mulher abriu os olhos e exclamou:
- Meu filho!
- Você está vivo?!
O rapaz respondeu:
- Não , mãe...
- Eu sou um morto-vivo e ficarei nesta terra para sempre.
- Assombrarei o Rio Palmital, por toda a eternidade e muitos inocentes ainda morrerão lá dentro.
- Um dia eles voltarão à vida e farão um exército de zumbis comigo.
- Agora, me vingarei do meu ex-patrão!
Após falar estas palavras, o moço bateu na porta do casarão e Barão atendeu. Assim o fazendeiro ao ver a assombração teve um ataque do coração e morreu.
Hoje a Vila Alfredo Chaves transformou-se numa cidade chamada Colombo e a fazenda do Barão virou um bairro chamado Vila Zumbi. Até hoje dizem que um morto-vivo sai do Rio Palmital nas noites de Lua cheia e por incrível que pareça várias pessoas já morreram neste rio.
Luciana do Rocio Mallon