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Contos-->Lenda da Flor-do-Mato(Corrigida) -- 23/01/2010 - 14:52 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lenda da Flor-do-Mato

Na época do Brasil-Colônia havia um desbravador português chamado Manoel. Uma vez, ele perdeu-se na floresta. Mas foi salvo pela índia Jussara que levou este homem até sua tribo, onde foi bem recebido. Então Manoel casou-se com Jussara e quando a moça ficou grávida o pajé afirmou que seu bebê teria poderes sobrenaturais. Alguns meses depois nasceu uma menina com todas as características do seu pai, pois era loira e tinha os olhos azuis. Com o tempo, a tribo descobriu que esta garota tinha o poder de curar as pessoas. Alguns anos depois a menina transformou-se numa bela jovem que sempre estava disposta a ajudar a todos. Além disto, ela era culta, pois prestava atenção aos ensinamentos do pajé. Sem falar que seu pai, Manoel, ensinou esta garota a ler e a escrever. Porém seu único defeito era fumar demais. Um certo dia, esta mestiça estava passeando na floresta e viu dois caçadores. Então ela pulou na frente deles e os homens dispararam as armas de fogo matando a pobre. Quando Jussara encontrou o corpo morto da sua filha no chão, trouxe a jovem desfalecida em seus braços e o pajé enterrou o corpo debaixo de um solo onde nunca brotou nada. Na manhã seguinte o túmulo da garota estava repleto de flores desconhecidas, que nasceram naquele chão. Assim todos da tribo foram rezar ao redor dele.
No meio da oração, os índios escutaram uma risada e quando olharam para trás viram a menina ressuscitada. Desta maneira ela exclamou:
- Voltei à vida para cuidar da floresta!
Naquele instante o pajé disse:
- A partir de hoje você será chamada de Flor-do-Mato!
- Todos nós estamos torcendo pela sua missão.
Após escutar estas palavras, a donzela saiu pela selva. No meio do caminho ela encontrou os dois caçadores que tiraram a sua vida. Assim a dama pulou na frente deles, tomou a arma dos dois, atirou contra eles e estes homens ficaram feridos no meio do mato.
Depois de caminhar bastante, Flor-do-Mato sentiu muita vontade de fumar e avistou uma casa no meio da selva. Desta maneira a moça observou que no quintal havia um rapaz tocando violão. De repente a donzela apareceu na frente dele e o convidou para um passeio. Quando anoiteceu, Gertrudes, a dona da casa, procurou pelo seu neto e concluiu que o rapaz tinha desaparecido. Mas na janela da sua residência ela viu o seguinte bilhete pendurado:
- Se a senhora me der fumo enrolado na palha, eu devolvo a blusa do seu neto.
Deste jeito a idosa deixou o pedido em frente da porta da sua casa pela noite. Na manhã seguinte, a anciã notou que o fumo desapareceu e que a blusa do menino foi devolvida. Porém na entrada havia outro bilhete:
- Se a senhora me der um cachimbo eu devolvo a calça do seu neto.
Assim Gertrudes deixou o pedido na frente da porta e no dia seguinte o cachimbo sumiu. Porém a calça do rapaz estava lá.
Mas, desta vez a velhinha foi esperta, pois ela deixou um baú cheio de fumo na frente de sua moradia com o seguinte bilhete:
- Se devolver o meu neto por inteiro, eu darei um narguilé para você.
Na manhã seguinte, Gertrudes abriu a porta e viu seu neto são e salvo com um bilhete na ponta do nariz:
- O que é um narguilé?
Naquele instante a idosa não ligou para a mensagem e perguntou para o moço:
- Onde você estava?
O rapaz respondeu:
- Uma moça bonita chamada Flor-do-Mato me seqüestrou e disse que só me devolveu porque estava curiosa para saber o que era um narguilé.
A anciã explicou:
- Narguilé é um aparelho que os árabes usam para fumar e que tem o formato de uma ampulheta colorida. Por falar nisto, colocarei um narguilé na porta para que a Flor-do-Mato pegue e nunca mais suma com você.
Até hoje em dia, reza a lenda que a Flor-do-Mato anda pelas florestas defendendo a natureza e seqüestrando pessoas em troca de fumo.
Luciana do Rocio Mallon












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