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Poesias-->Estou Calma -- 16/01/2012 - 11:11 (Lita Moniz) |
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Estou Calma
Estou calma.
Vejo-te com os olhos da alma.
Não como te vias, mas todo o teu ser.
O que eras e o que poderias vir a ser.
Se soubesses! Ah, se soubesses quem eras
de verdade, acreditarias em eterna mocidade.
Aquele mocinho que foste um dia, era ele que
Se via. Estavas lindo, no esplendor da juventude.
Tão cheio de ti. E eu ali!
Com vergonha de me aproximar de ti.
Senti desprezo, senti.
Tão intelectual, mesmo um imortal.
Não havia tempo para mais nada.
O inconsciente, ou algum princípio inteligente.
Apresentou-me aos dois.
Aos versos e a ti.
Foi assim que te conheci.
Vejo-te com os olhos da alma.
Experimento agora o que experimentavas outrora.
Uma raiva santa, uma fome tanta.
Sou um guerreiro de outrora agora.
Acho que intuí o que mudou em ti.
Não está na essência do mundo e de tudo que há.
A essência era a primeira intenção: ser Deus em ação.
Mas tinhas razão, também havia a segunda intenção.
Não tinha que ser assim um mundo ruim.
A segunda intenção e outras intenções mais geraram ais.
Ais demais.
Este mundo adoeceu.
De tanto sofrer enlouqueceu.
Lita Moniz
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