Para melhor assimilar a palestra
em vídeo de Eckhart Tolle,
que me chegou por mão destra,
faço versos — deixe que eu cole.
Há muitas indicações sobre Vitalidade,
mas isso é uma realização em você, agora.
Ela não se baseia em conceitualidade,
é profundeza onde sua presença eterna mora.
Pode você sentir a presença do que você é?
Essa é uma pequena indicação que faço,
sem esperar resposta pensada, mesmo de fé;
é claro que pensar sobre isso dá em fracasso.
Através do pensamento você não pode senti-la,
presença é percebida quando ele dá uma parada,
quando o fluxo do pensar cessa, para de fazer fila,
por exemplo, AGORA... além dela não há mais nada.
Nessa cessação do pensamento, não se aflija,
você vai voltar a pensar novamente,
não vai se abdicar de tudo que você se regozija
de lembrar e de saber até recentemente.
Mas, o que resta, depois desta cessação do pensamento?
O gesto de ajuntar e afastar minhas mãos simboliza
a abertura desse espaço sem conteúdo neste momento,
onde só há o Ser, a presença, a atenção, nenhuma guisa.
E você permanece sendo o que é, você mesmo,
sem perda de identidade, embora não lhe ocorra
nenhuma lembrança, nenhum pensar a esmo,
sobre senhas, números, ou nome de qualquer zorra.
Você, nesse momento, não precisa se lembrar
do seu endereço, do nome da sua pessoa,
do que ocorreu quando criança, ou ao se casar,
para lhe mostrar quem você é, numa boa.
Há uma identidade, nesse momento, que nada tem a haver
com seus argueiros, com nenhuma história em sua mente;
porque seu passado é feito de histórias, pra você rever,
e de reações emocionais a elas atadas, como pesada corrente.