O TEMPO QUE FOGE
Para reter o tempo que se esvai
É preciso saber um dos segredos
Muito mais que apertá-lo entre as mãos
É guardá-lo, em concha, em nossos dedos...
É assim que seguramos a lembrança
Que a saudade, enfim, despertará
E enquanto a vida nos trouxer bonança
O tempo devagar irá passar...
Guardamos tudo quanto for possível
Enquanto a areia escorre na ampulheta
Levando-nos ao fim indefectível
Então, cansados, abrimos nossas mãos
Para depois, num gesto de guarida,
Juntá-las lentamente em oração!...
16/03/2012
Observação:- A idéia central do tema foi do meu irmão Paulo Marcos de Paula Lima, que escreveu uma poesia com o mesmo tema.Esse soneto é a minha visão sobre o mesmo assunto.
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