maria da graça almeida
Aos poros, a semente das flores
de incomuns agricultores;
do arco-íris, o encantamento das cores
de contentamento infinito;
das melodias, acordes escritos
em compassos quaternários;
das luzes, a resplandecência
de holofotes extraordinários;
da madrugada, a paixão febril;
da claridade, as doces manhãs de abril;
do firmamento, a singeleza anil,
da graça, o sorriso infantil;
e se tudo ainda não bastasse
não há dias em que
não me enlace,
sem reservas de abraços,
e se tudo isso assim não fosse
ainda me cura as dores
com fartos pedaços
de algodão-doce.,
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