A Menina Que Come a Sua Própria Coriza
A menina que come a sua própria coriza...
É leve, suave, fraca e meiga como a brisa!
Sua barriga ronca uma triste melodia,
Pois ela está, totalmente, vazia!
Ela vê seus colegas comendo lanches caros...
Ela nota que seus sonhos com comidas não são raros!
Ela arregala e salta seus olhos para a cantina...
Sonhando com pacote de salgados, pobre menina!
Suas narinas não param de soltar catarro...
E na falta de um alimento caro...
Ela pega a sua coriza transparente...
E imagina em sua fértil mente,
Que aquele simples catarro...
É um salgadinho caro...
Então, na boca, ela coloca a coriza,
Que a sua grande fome ameniza!
A menina que come a própria coriza...
Não é porca e muito menos nojenta!
Ela é leve, suave, fraca como a brisa...
E luta contra a fome rabugenta.
Luciana do Rocio Mallon
|