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Poesias-->Arte - série -- 07/04/2012 - 16:47 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VIII - A arte...



A percepção da Arte

incendeia nossos sentidos,

nos ilumina a alma.



A música nos toca

no mais profundo

do ser.



Nos eleva

a dimensões e mundos

inimagináveis.



Pode nos remeter

a um estado idílico

ou a mais pura sensualidade.



Pinturas

com a forma ou a cor

nos aquecem o espírito.



A pintura rupestre

evocação mágica

da caça.



A Arte egípcia

ainda serva

dos deuses.



A Arte grega

momento único

da evolução humana.



A pintura moderna

rompendo com a forma

e libertando a cor.



Leva luz

às nossas

trevas internas.





Ou nos provoca

e instiga a ver

nossa treva e nossa luz.



Esculturas

em que o homem

de criatura passa a criador.



Admirando-as

nos sentimos

maiores.



A dança

onde o corpo

é instrumento.



Transmite noções

de harmonia, leveza

e beleza.



A Arte busca o belo ?

A Arte busca a expressão ?

A Arte busca a Arte ?



A Arte transcende o belo !

A Arte transcende o inteligível !

A Arte transcende o artista !



Forma e cor.

Harmonia e movimento.

Volumes e vazios.



Percepções e intuições.

Impressões e sensações

Êxtases e gozos.



A Arte

essencial a vida,

alimenta o espírito.



“Nem só de pão vive o homem”.



VII – Guernica



Cada bomba lançada sobre um pueblo.

Bofetada que ressoa na humana face.

Não fique despercebida entre tragédias,

A dor da mãe amparando o filho morto.



Bendita a arte que re-visita a vida,

Encanta com o sublime beijo dos amantes,

Ou nos condena, estupidez do homem,

Podendo atirar flores ainda atira balas.



A arte imortaliza o amor, ou a dor

Ao conhecê-la obra de arte e digeri-la

Elemento de minha alma ela se torna.

Como o pão se torna parte do meu corpo.



Guernica retrata minha indignação e dor.

Minha alma se recusa a banalizar o terror.

Mesmo distante, até após a morte física.

Agradeço ao artista que minha alma tece.





VI - A Arte Pós-moderna



Rompidos da arte os paradigmas.

Quais os rumos daquela pós-moderna?

Se não mais se retratam os deuses?

Se não mais interessa a natureza?



Se a harmonia e o belo rejeitados!

Se a arte agora degradável e repulsiva!

Se todos os experimentos foram feitos!

Morre a arte por falta de caminhos?



Só resta de comum em toda a arte,

O expectador para quem é dirigida!

O objetivo da arte é sempre a alma,

Tocar o anímico é o êxtase do artista!



Admitindo a paixão entre arte e alma,

Restabelecida a possibilidade da arte bela.

Retorna a busca do equilibro e harmonia.

Na arte, como no amor, almas se beijam!





V.a - A Arte Moderna



Romper os cânones, as regras, humano é.

Cabe sempre as barreiras buscar romper.

A arte se libertou da perfeição da forma.

Até da escravidão do belo se afastou.



Cores mesmo sem a forma tocam a alma.

Pontilhados que ainda impressionam.

Instalação, objetos a esmo, que chocam.

Arte tocando as cordas d’alma.



Vamos dar ao homem o quinhão de pão.

E o que lhe cabe de comédia e drama.

Sem negar, no entanto a arte que redime.

Do tosco a alma com o fogo inflama.



A vida dói ainda mais se consciente.

Reconhecer o sublime êxtase alheio e

A profunda tragédia inerente ao humano.

Só a arte permite transcender o drama..





V.b - A Arte Moderna



Entendo! Não entendo! Que importa?

Sinto! Afeta-me! Bem ou mal!

Liberta a arte de todos os cânones.

Beleza! Harmonia! Natureza! Babel!



Vejo agora o nariz em plena órbita.

Ou o quadro salpicado de pontinhos.

Rabiscos ou arte, eu me confundo.

A cor reinando liberta até da forma.



O homem ousa e pensa e cria.

Aos dogmas busca transcender.

Toda arte reflete a sua época.

O caos humano visto de forma bela.



Inevitável o mergulho no caos criativo.

Antes de construir é necessário destruir.

A arte antecede e vislumbra o futuro.

No meio do caos preserva a essência





IV - A Arte Grega

Templo aos deuses ornado e colorido.

O mármore esculpido tudo cobre

O olimpo e os mitos retratados

Cada história um belo ensinamento.



A pedra dura ganha da seda a leveza.

O atleta com cada músculo retesado.

Prestes a saltar e a correr está a gazela.

A sacerdotisa tem seu gesto eternizado



O artista retrata toda a beleza do corpo

A lembrança do celeste está mais tênue

Descem os deuses em direção ao Olimpo.

Heróis, homens a ascender ao divino.



O homem que assume ser da terra

Abandonando a orientação divina, pensa

Pensar passa a ser a grande arte

O pensamento é a herança que legaram





III - A Arte Egípcia



Perceba o calor escaldante sobre a pele.

A imagem das pirâmides no horizonte.

A arte eternamente a retratar o belo.

Ambicionando retratar na terra o céu.



O artista que se dedica ao templo

Ou para quem representa Deus na terra.

Importa a grande viagem após a morte

O espiritual evocado em cada instante.



O homem é representado muito rígido

Pouco à vontade ainda está na terra.

A lembrança do divino tudo ofusca

Uma civilização mais santa ou profana?



A queda do plano celeste tão recente

Comunhão com os deuses, ainda possível

Lutar contra o caos, desordem e a sombra.

Lembrança da divina luz e da harmonia.





II – A Arte Rupestre



Mágica cerimônia de invocação da caça

De um homem cujo abrigo é a caverna.

Se tosco parece na distância do tempo,

Sua arte preservada nos desmente.



Carvão e ferrugem que decoram a rocha,

Astros, animais e homens retratados.

Artistas que habitando a rude terra,

Sentem-se espiritualmente rodeados.



Árvores frondosas abrigam espíritos,

Assim como a terra, água, ar e o fogo.

Ter por mãe a terra e por pai o céu,

O mundo invisível nos acolhe e ampara.



A arte que refinando o homem rude

Permite a percepção de si e do universo,

Cumpriu seu papel outrora como agora

Mostra-me a mãe terra e meu pai o céu.



I - A Arte



Se o Trigo e a água ao corpo bastam,

Que oferta, à alma, devemos fazer?

Se o esporte e a luta treinam a força,

Como adestrar o sensível e o anímico?



A alma necessita de embevecer-se,

Como uma cascata ou um por de sol!

A natureza, obra divina, leva ao êxtase!

Do homem, a arte, produz efeito igual!



Esquecido anda o homem de dançar,

Como Davi fez para adorar seu Deus.

A pequena dose necessária de poesia,

Sem a qual a vida perde o brilho e a cor.



Combinar as cores e as formas e encantar

Imitação terrena do ato divino de criar.

Usar o corpo como instrumento e cantar,

O universo, no palco da vida, representar.

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