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Contos-->Lendas das Stregas de Santa Felicidade -- 06/06/2010 - 15:39 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lendas das Stregas de Santa Felicidade

No século dezenove um navio cheio de italianos parou em Paranaguá, no Litoral do Paraná. A maioria destes imigrantes foi para Curitiba com o objetivo de trabalhar na lavoura. Assim, nesta cidade, grande parte deles montou um bairro chamado Santa Felicidade. No meio destes imigrantes havia uma moça chamada Constantina e a sua mãe, dona Lola, sempre ralhava:
- Você precisa se preparar na feitiçaria!
- Afinal, você é uma strega, uma bruxa de descendência italiana!
- Nunca se esqueça: ninguém se torna uma strega, pois isto precisa ser um dom de nascença e este é o seu destino!
- Porque o castigo de uma strega que nega o seu dom é ser moça de dia e transformar-se em idosa de noite.
O problema é que Constantina não queria ser uma feiticeira, pois achava que bruxaria era coisa do mal. Porém, mesmo assim, ela notava que era diferente das outras meninas. Pois esta pequena falava com parentes falecidos, tinha sonhos sobrenaturais, premonições e muita vontade de curar as pessoas. Mas quando sua mãe a convidava para ir aos cemitérios e aprender rituais, esta garota sempre torcia o nariz.
Uma certa noite, Dona Lola levou sua filha para arrancar defuntos dos túmulos no cemitério. Porém a garota ficou com tanto pavor que saiu correndo e fugiu de casa. A menina andou tanto que foi parar num lugar que hoje é chamado de Campo Largo, localizado na Região Metropolitana de Curitiba. Lá ela encontrou um casebre abandonado onde descobriu as propriedades das ervas que curam. Uma vez, Constantina resolveu caminhar e parou numa vila. Lá ela socorreu uma senhora, que havia quebrado o braço, através de orações e de chás. No final, a garota pegou dois trapos, uma agulha, um fio e exclamou:
- Agora seu osso voltará ao normal. Pois ele será como os tecidos que eu costuro!
Após estas palavras a menina passou a rezar em Latim enquanto cosia.
A partir daquele fato as pessoas passaram a freqüentar a casa de Constantina, no meio da floresta, sempre que precisavam. Porém sempre quando alguém chegava, de noite, na casa dela não via a presença desta pequena e sim de uma senhora idosa, que sempre afirmava que a garota tinha saído. Assim a idosa identificava-se como sendo sua tia-avó e também ajudava com orações e ervas. Mas, as pessoas, também, notaram que quando procuravam Constatina de dia a menina sempre estava lá, mas não havia nem rastro da idosa na casa.
Um certo dia, lá pelas seis da tarde, um moleque chamado Zé foi buscar ajuda de Constantina para sua mãe doente. Então ele colocou a cabeça na janela e viu a garota virar uma velha na sua frente. O pequeno correu assustado e contou o fato para todos. Dizem que a partir daquele dia, Constantina fugiu de Campo Largo e voltou a viver com sua família no bairro de Santa Felicidade.
Luciana do Rocio Mallon







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