Usina de Letras
Usina de Letras
140 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62145 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13566)

Frases (50551)

Humor (20021)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140784)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6175)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Lendas da Manquinha -- 01/08/2010 - 14:08 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lendas da Pomba-Gira Manquinha

A entidade chamada Pomba-Gira Manquinha é pouco conhecida. Mas suas lendas são interessantes, pois ela é protetora das crianças que sofrem com a violência doméstica. Leremos os contos desta criatura mágica abaixo:

Lenda de Cláudia, a Manquinha

Na Idade Média existia uma jovem chamada Dolores, que era muito travessa, pois praticava furtos, bebia demais e era muito namoradeira. Um certo dia, ela apareceu grávida e foi expulsa de casa. Assim para escapar da condenação de morrer na fogueira, esta adolescente foi até a floresta, onde tentou praticar o aborto diversas vezes, mas não obteve êxito. Deste jeito a moça teve uma filha chamada Claúdia e passou a morar no meio do mato, onde montou uma pequena lavoura. O problema é que Dolores maltratava a sua filha, que apresentava poderes sobrenaturais como: sonhos premonitórios e cura dos viajantes doentes que passavam pelo mato. Uma certa noite, a mulher bebeu demais, ficou furiosa e deu uma surra muito forte em Cláudia, que deixou a garota manca. Após isto a mulher expulsou a pobre de casa. Porém, naquele instante, uma vela caiu no chão e a casa pegou fogo junto com Dolores. Diante daquela cena, Claúdia falou em voz alta:
- Eu passei a vida inteira apanhando da minha mãe!
- Por isto, toda a vez que uma mãe ficar furiosa, as crianças que me chamarem serão salvas!
Desta maneira a menina seguiu a estrada e escutou um grito de criança numa casa. Então ela viu pela janela um menino apanhando de chicote da sua mãe. Assim naquele momento Claúdia aproximou-se da mulher, que estava de costas, colocou as duas mãos sobre a cabeça desta mãe furiosa. De repente aquela senhora mudou de fisionomia, ficou delicada e passou a fazer brincadeiras engraçadas com o seu filho.
A partir daquele dia Cláudia passou a entrar nas residências todas as vezes que uma mãe ficava braba e ameaçava bater nos filhos. Esta garota ficou tão popular, que foi apelidada de manquinha devido ao seu problema físico.
Porém, uma vez, um grupo de mães rígidas descobriu o que estava acontecendo. Desta maneira elas seqüestraram a manquinha, contaram sobre seus poderes para o bispo inquisidor e a pobre foi queimada em praça pública. Mas, antes de morrer, Claúdia exclamou:
- Mesmo em espírito eu estarei protegendo os filhos de suas mães descontroladas. Basta apenas eles me chamarem!
Reza a lenda que se uma criança estiver apanhando de sua mãe e rezar pela manquinha, ela incorpora seu espírito na mulher, que fica mansa.

Carolina e a Manquinha

Carolina era menina, de cinco anos de idade, que sofria por ser o fruto de uma gravidez indesejada. Sua mãe, dona Filomena vivia batendo na garota e exclamando:
- Você merece apanhar porque estragou a minha juventude!
Um certo dia, esta pequena estava apanhando. Quando, de repente, as surras cessaram, sua mãe mudou a fisionomia e disse:
- Sou Cláudia, a Manquinha...
- Vamos brincar?
Carolina falou:
- O que é isto, mãe?
- Você parece outra pessoa!
Dona Filomena respondeu:
- Sou, realmente, outra pessoa.
- Meu nome é Cláudia, fui uma mendiga medieval que deixava as mães cruéis mais doces...
Deste jeito a mulher começou a se balançar e a fazer gestos engraçados com as mãos. Após algum tempo ela caiu para trás com os olhos estalados e voltou a sua personalidade normal. Mas, naquele dia, Carolina não apanhou mais. Nos dias sequintes, ás vezes, suas surras eram interrompidas pela entidade da Manquinha. Por isto, a menina sempre pedia para sua mãe:
- Mãe, faz a Manquinha!
- Faz a Manquinha!
Mesmo após tanta insistência, dona Filomena nunca soube da verdade.
Luciana do Rocio Mallon




Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui