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Poesias-->Não Sou Gênio Carente -- 18/03/2013 - 18:15 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não Sou Gênio Carente





Não sou anjo e nem gênio carente,

Sou apenas uma simples mortal,

Caminhando pela Curitiba inocente...

Virando a esquina sem dar sinal!



Sou uma pobre vileira de periferia,

Mas, não ando em torcida organizada...

Apenas quero escrever minha poesia...

Numa solidão calma e sossegada!



Sou gorda e bem-nutrida,

Porém, não sou obesa...

Tenho a chama escondida,

Quando a vela fica acesa!



Eu respeito os idosos,

Não incomodo a sua avó!

Velhinhos são graciosos...

Mas, a sociedade não tem dó!



Não incomodo a sua sobrinha adolescente!

Porém também faço minhas travessuras...

Num verso de paixão quente e ardente,

Que inspiram eróticas loucuras!



Arte não é fumar no bar...

É procurar uma diferente lenda...

Em qualquer raio de luar,

Que ilumina uma fria senda!



Agitador cultural não é artista,

Mas, pode ser um verdadeiro mecenas...

Quando a aventura dança na pista...

Nas luzes coloridas dos poemas!



Não freqüento só o São Francisco...

Pois visito o paraíso inteiro!

Sou um anjo leve e arisco...

Batendo e rebolando o pandeiro!



Não sou um gênio carente,

Não sei o que é zona de conforto!

Sou bem-nutrida e inocente...

Pois, eu beijo o anjo torto!



A provocação é a raiz da Arte...

Mestre, eu quero lhe abraçar...

Seja em Curitiba, ou, seja em Marte...

Faremos as pazes em pleno mar.

Luciana do Rocio Mallon







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