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Artigos-->95. CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO ANIMISMO — MARCELO E EQUIPE -- 23/01/2003 - 07:19 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O fenômeno do animismo não é tão comum como gostariam os que desacreditam da mediunidade. Quase sempre a pessoa que pensa fingir estar em contacto conosco do plano da espiritualidade está sob a dominação de espíritos que lhe sopram aos ouvidos a insensatez que escreve ou que diz. Por isso é que, freqüentemente, vemos pessoas confusas, sem saber se estão realmente “recebendo”, “incorporando” espíritos ou se estão meramente repetindo fórmulas condicionadas em seu aparato psicomotor. É bem evidente que, assim procedendo, muitos desanimam e mesmo desacreditam do que fazem.



Queremos, no entanto, esclarecer ponto que julgamos de interesse para quantos se acostumaram a proceder assim: o que ocorre, na verdade, é mediunidade, pois o espírito é que finge ser quem não é e, com isso, confunde o mediador, que enxerga o que de inverossímil se acrescenta às informações, os absurdos, os fatos que não se coadunam nem condizem com a realidade ou com a verdadeira ocorrência verificada no âmbito dos encarnados.



Esse meio é dos mais utilizados para desfazer o que os espíritos socorristas levam muitos dias para preparar. E não poucos obtêm êxito, conseguindo afastar do trabalho mediúnico muitas criaturas até que bem dotadas de sensibilidade.



Esta advertência fazemos para que o leitor não se deixe influenciar pelas informações falsas que lhe são passadas nos momentos em que se dispõe à colaboração. São atitudes como essas que perturbam o ambiente que se forma em torno até de médiuns experientes mas que, por descuido, se põem a trabalhar sem a devida preparação.



É por isso que muitos orientadores humanos temem o trabalho solitário, pois sabem que o indivíduo fica mais indefenso às tribulações provocadas pelos que se comprazem em desfazer o que em amor foi feito. Para desenvolver corretamente a mediunidade, portanto, deve-se estar bem prevenido quanto às inspirações duvidosas e ficar bem atento às influências maliciosas que visam à interrupção dos trabalhos.



Mais tarde, quando mais experiente, fica fácil ao médium perceber que está sob o influxo de sofredores e poderá ocorrer até que venha a estar apto a lhes oferecer socorro.



Em casos mais sérios de obsessores, não se recomenda que o ato mediúnico se dê desacompanhado de equipe de sustentação e de irmão doutrinador, que possa argumentar com as noções básicas do evangelho contra o arrazoado da entidade que estiver comunicando-se. Nesses casos extremos em que, sorrateiramente, os médiuns se vêem envolvidos por forças superiores à sua, basta clamar em prece pela ajuda de seus espíritos guardiães, orando fervorosamente pela sua assistência, que não decorrerão muitos segundos até que venham a ser atendidos, bem como o ser que estiver em perturbação. No mais das vezes, o que ocorre é orientação segura, se o instrumento for capaz de sensibilizar-se a ponto de perceber que as palavras se referem à sua pessoa. Caso contrário, receberá o influxo do magnetismo dos irmãos socorristas e poderá reequilibrar-se convenientemente.



Quanto aos aspectos acima citados de ocorrência de transmissões seguras, quando se trata de psicografia, evidentemente serve de exemplo este nosso irmãozinho, que tomou tantos ditados que dariam, com certeza, para a edição de diversos livros.



Este é dado muito seguro a que todos devem dedicar um pouco de sua atenção: se os temas variam e se a intensidade do envio das mensagens é de constância sem interrupções, promovendo grande quantidade de textos, então, não se trata de fenômeno anímico.



Todos sabem mas não custa repetir: o teor da mensagem é fundamental para que se tenha certeza de que se trata de texto elaborado pelos espíritos, pois estes têm modo certo de transmitir as lições que aprenderam ou as informações que obtiveram através dos vários processos de aprendizagem que estão à disposição no plano espiritual.



Finalmente, caso a pessoa se dedique a “fabricar”, ela mesma, os textos que diz ter tomado dos ditados dos espíritos, fatalmente não se tratará de caso de mediunidade, mas também não será de animismo: tratar-se-á de texto apócrifo, que, de resto, poderá ter os seus méritos e, inclusive, servir de orientação moral, caso venha a fundamentar-se nos ensinamentos do Cristo.



Como se vê, muito temos a aprender no campo da investigação e do conhecimento mediúnico. Por isso, conclamamos todos os nossos irmãos leitores a que se dediquem, com muita fé e com muito denodo, ao estudo desta maravilhosa matéria, que é do interesse de todos os seres, vestidos ou não das roupagens da carne.



Com o tempo, revelar-se-ão outros segredos inerentes aos fatos mediúnicos e poderão até os médiuns mais experimentados verificar que sua atuação poderá ser aperfeiçoada, no sentido de ampliarem-se os recursos relativos ao contacto entre os planos, vindo a favorecer a que muitos adquiram várias formas de relação, não só através do mecanismo da consciência, mas também por meio da visão, da audição e do transporte em consciência ou do sonho revelado.



Não estamos prometendo infundadamente, como se fôssemos espíritos sofredores a insuflar absurdos na imaginação do médium. Mas queremos que fique bem claro que, se o trabalhador se dispuser, com toda sua lealdade e honestidade, a consignar os textos a que tiver tido acesso, possibilitado lhe será avançar nos conhecimentos e nas percepções sensoriais dos fatos mediúnicos na direção por nós apontada.



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