Conceição era uma mulher trabalhadeira e mãe de Kátia, uma menina muito sapeca. Por isto, ela sempre se preocupava com o serviço e com sua filha.
Em meados dos anos noventa, quando surgiu o comércio de telefones celulares no Brasil, Conceição foi uma das primeiras pessoas a comprar dois aparelhos destes: um para ela e outro para sua filha. Assim através deles, esta mulher pôde controlar Kátia com maior facilidade. Com o passar do tempo, celulares mais modernos foram aparecendo no mercado e Conceição foi sempre mudando de aparelho. Assim ela conseguiu usar todos os recursos úteis que um telefone oferece, como: agenda eletrônica, rádio, localizador com GPS, câmera fotográfica, despertador, relógio filmadora, televisão portátil e acesso à Internet.
Certo dia, assaltantes entraram na firma onde Conceição trabalhava, exclamando:
- Isto é um assalto!
- Todo mundo quieto no chão!
Como esta moça estava sentada num dos escritórios, sem que os ladrões a percebessem ela pegou o celular que estava na mesa, enfiou dentro da calcinha e deitou-se no tapete.
Após verem que todos estavam imobilizados, os assaltantes trancaram os funcionários no banheiro e tentaram levar o pesado cofre. Assim de dentro do toalete, Conceição apanhou seu celular, ligou para a polícia que no mesmo instante mandou uma viatura ao local.
De repente, os policiais entraram na empresa, renderam os ladrões, salvaram o dinheiro e libertaram os empregados. Então Conceição pensou:
- Marilyn Monroe estava errada quando falou que os melhores amigos de uma mulher são os diamantes. Pois o melhor companheiro de uma dama é o celular.
Luciana do Rocio Mallon