MINHA CASA
Nesta casa, existe muita e tanta coisa que não sei contar.
A começar pela porta principal, larga imponente
Permitindo a entrada, franca e aberta.
As janelas de frestas largas, dão margens às olhadelas
Dos curiosos, tentando a força espreitar.
As cortinhas são transparentes, entretanto, não deixam ver.
A frente um lindo jardim, orgulho da dona
que não cansa de ver colorido, o que por vezes
resume-se a um imenso verde.
Isso é o que vêem os passantes.
Lá dentro, a coisa é diferente.
A sala comporta um confortável sofá,
com um tapete felpudo e uma lareira à frente.
Perto, bem perto, há uma dúzia de boas garrafas de vinho
esperando por quem às possa degustar.
Há um perfume no ar, um clima de casa de montanha,
Um cheiro cítrico que lembra capim limão.
A mobília de bom gosto, em tom amadeirado
exibe conforto pra quem chega de viagem.
A cozinha tem um cheiro de bolo quente todo o tempo.
A toalha da mesa é xadrez vermelho e branco,
e está posta todo o tempo esperando quem venha ceiar.
O banheiro é grande, espaçoso, e no canto,
uma banheira em madeira com água quente e pétalas de rosas,
prontas para um banho perfumado e relaxante.
O quarto, esse é feito de conforto e simplicidade.
A cama é imensa, os lençóis verde água, florido,
almofadas por toda a parte, dão a sensação de esperado descanso.
As velas acesas dão um toque de intimidade
permitindo a luz necessária.
Os que ali habitaram só pensam em voltar.
Essa é a casa que disponho e ofereço
Ao caminhante que estiver disposto a pousar.
Valentina Fraga
|