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Contos-->Cemitério de São Lourenço(Corrigido) -- 21/07/2011 - 21:05 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lenda do Cemitério de São Lourenço

No século dezenove, imigrantes alemães vieram trabalhar na região rural de Mafra, em Santa Catarina, no Brasil. Os mais idosos formaram uma aldeia num lugar chamado São Lourenço, que até hoje faz parte da região agropecuária de Mafra. Os velhinhos foram falecendo aos poucos e sendo enterrados, num cemitério, que os próprios imigrantes fundaram naquelas bandas. O tempo passou e só sobraram dona Gertrudes, de noventa anos de idade, e sua neta, Hildegard, de cinco anos de idade.
A menina era uma excelente pastora e gostava de usar um vestido branco, com avental e touca. Uma vez sua avó disse-lhe:
- Devemos cuidar do cemitério sempre, pois lá estão enterrados nossos antepassados e você faz um excelente trabalho limpando os túmulos, cuidando o jardim do campo-santo e pintando os mausoléus. Porém, você deve prometer para mim que será a guardiã eterna deste lugar, mesmo depois de sua morte.
A garota respondeu:
- Eu prometo, vovó!
Após ouvir estas palavras, dona Gertrudes desmaiou e morreu.
A menina ficou desesperada, por isto uma febre tomou conta do seu corpo, a pobre teve convulsão e faleceu.
Naquele momento um lavrador estava passando com sua carroça, numa estrada próxima, quando uma menina de branco apareceu em sua frente e gritou:
- Moço, minha avó está passando mal!
- Por favor, me ajude!
Assim o agricultor perguntou:
- Onde está a sua avó?
Hildegard respondeu:
- Na aldeia de São Lourenço!
O rapaz desceu da carroça e foi até a uma casa, onde avistou uma idosa e uma garota mortas. Porém, ele ficou assustado, pois achou a menina da estrada muito parecida com a criança falecida. Ao ver que a aldeia estava abandonada, o moço resolveu enterrar as duas pessoas no campo-santo. Chegando ao seu povoado, o lavrador contou a estória, que se espalhou rapidamente e por isto os outros agricultores decidiram desviar daquele caminho, perto da aldeia de São Lourenço, por medo.
Um certo dia, Pedro, filho de um agricultor, resolveu passear pelas estradas até que avistou um cemitério abandonado e resolveu brincar dentro dele. De repente, ele escutou uma voz:
- Pedro, por favor, ajude a cuidar do meu cemitério!
O garoto olhou para trás, viu uma menina de branco, e falou:
- Quem é você?
- Como sabe meu nome?
A garota respondeu:
- Meu nome é Hildegard e prometi para a minha avó que cuidaria deste cemitério. Mas, como você pode ver ele está cheio de mato. No estado em que estou não tenho como carpir isto tudo. Mas, se você fizer isto amanhã, lhe darei uma jóia como pagamento.
No dia seguinte, Pedro voltou com material de jardinagem. Ele carpiu o mato que estava no cemitério e depois gritou:
- Hildegard, onde está você?!
A menina apareceu com um cordão junto de um pingente enorme de camafeu e disse:
- Pegue esta jóia como pagamento, pois ela salvará a sua vida.
Vinte anos se passaram, Pedro foi para a cidade grande e quando estava andando numa rua de noite, dois ladrões apareceram em sua frente e exclamaram:
- Isto é um assalto!
Pedro berrou:
- Não darei meu dinheiro!
Então, um dos bandidos atirou contra o peito do rapaz e saiu correndo. Apesar de Pedro ter caído no chão, ele não morreu. Pois, notou que a bala ficou entalada no camafeu, da jóia que carregava por baixo da blusa, e não faleceu.
Em 1990, uma empresa decidiu construir casas populares no lugar do cemitério abandonado da antiga aldeia de São Lourenço. Quando as máquinas avançaram contra o campo-santo, uma menina de branco, vestida com roupas de pastora, apareceu e gritou:
- Por favor, não destruam este cemitério!
- Se vocês tentarem acabar com este lugar, os espíritos ficarão ofendidos!
Os funcionários não deram bola para a criança e quando as máquinas chegaram perto da cerca do cemitério todas elas quebraram. Desta maneira , a empresa resolveu deixar o cemitério em paz.
Luciana do Rocio Mallon





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