Este dia será consagrado à meditação sobre aspecto muito importante da liturgia católica: o momento do “Ite, missa est”, ou seja, do encerramento do ato religioso mais importante da Igreja Católica Romana. Nesse instante, o padre dá por encerrado o ofício e pede aos fiéis que se vão, com o intuito de fazer com que todos possam comportar-se, daí por diante, sob o influxo dos ensinamentos pregados e dos exemplos citados.
Mas não é o que realmente sucede no coração da maior parte dos fiéis, que se cansaram e que se julgam devidamente em dia com seus débitos, pois, segundo eles, cumpriram sua obrigação semanal, muitos tendo até participado da comunhão, havendo previamente confessado a Deus os pecados que julgaram ter cometido.
Ora, se fosse possível saldar dívidas com o simples ato de fé religiosa de acompanhamento da missa, muitas vezes sem que sequer se preste atenção a cada momento da liturgia, seria muito fácil obter dos homens espírito puro, perfeitamente apto para as lides evangélicas. Isto é quimérico e, sabemos, nem os próprios oficiantes acreditam em que seu ofício tenha obtido os efeitos que quiseram imprimir-lhe.
É lógico que existem pessoas que aceitaram Jesus no coração e que viram na função religiosa o real objetivo de religar o homem a Deus. Esses poucos, obviamente, nem precisariam estar presentes à missa para agir de modo correto, em consonância com os ensinamentos de Jesus.
Embora se obtenha resultado fraco, ainda assim é preferível conduzir os homens à Igreja, para que tenham um pouco de recolhimento espiritual, muitos até por coação de parentes e amigos íntimos, outros por interesses vários, inclusive o de estar “de bem” com Deus, quando não com o intuito de namorar. Durante o transcorrer do ofício religioso, quase sempre têm um momento ou outro de reflexão, por alguma palavra ou ato que os tenha despertado para a grandiosidade da criação e da existência. Esses momentos são preciosos para que possamos, nós do plano espiritual, efetuar, através do magnetismo de que somos dotados, alguma vibração em favor dos crentes.
São, entretanto, muito mais numerosos os espíritos jocosos que se comprazem em divertir-se com os desvios de atenção que ocorrem durante esses atos. Claro está que também eles são objeto de nossa atenção e do socorro necessário para seu encaminhamento a condições de harmonia com as leis do Senhor. Mas, dada a premência do tempo, pouco podemos realizar para que muitos venham a ser devidamente encaminhados.
É por isso que, quando se chega ao momento final de recomendar aos fiéis que se vão, aí pouco se deverá esperar do sucesso nas pregações morais elevadas que geralmente se dão nesses ambientes de recolhimento religioso.
Mais tarde voltaremos ao tema das liturgias, para apreciarmos alguns outros aspectos também importantes. Claro está que o faremos segundo o nosso ponto de vista, que é inteiramente voltado para a concretização, na prática, dos ensinamentos evangélicos. Neste ponto, vamos encerrar a nossa tarefa e o nosso treinamento, incentivando o médium, nosso amigo e parceiro de atividades, a que sempre se disponha com o mesmo afinco e entusiasmo a este tipo de tarefa (psicofonia).
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