Os Góticos e a Noiva do Cemitério
Nos anos noventa, Leonardo fazia parte de um grupo de góticos, que eram jovens que se vestiam de preto e faziam rituais em cemitérios. Na mesma cidade existia uma jovem chamada Celeste, que reza a lenda, era médium e entrava em contato com os espíritos. O maior sonho desta garota era se casar virgem. Porém, no dia do seu casamento, sua limusine teve um acidente no meio do caminho e Celeste morreu. Então, ela foi enterrada vestida de noiva.
Na noite seguinte, Leonardo e sua gangue entraram no cemitério para fazer um ritual com o corpo da noiva, pois tinham visto na notícia do jornal que a jovem era pura. Assim, estes góticos abriram o caixão de Celeste, mas não acharam a jovem. De repente, uma voz feminina perguntou:
- Estão procurando alguma coisa?
Os meninos olharam para trás e viram uma mulher de branco. Deste jeito, Leonardo indagou:
- Quem é você?
A moça falou:
- Não estão me reconhecendo?
- Sou Celeste, a noiva que foi enterrada neste túmulo que vocês acabaram de abrir.
- Mas, agora me transformei em mais uma mulher de branco do cemitério.
Os garotos olharam para a foto do túmulo e verificaram que realmente se tratava da falecida. Desta maneira, todos ficaram paralisados.
A donzela explicou:
- Vocês conhecem a origem da lenda da mulher de branco?
Os góticos falaram a palavra “não” com a cabeça.
Celeste continuou:
- No século dezenove, satanistas foram até o cemitério, abriram o túmulo de uma noiva e abusaram do corpo morto. Porém, viram o fantasma dela, todo vestido de branco e morreram. Reza a lenda que antes dos feiticeiros falecerem a noiva disse:
- Abusar de um cadáver de uma noiva pura é um erro fatal.
- Por isto, a partir de hoje, todo o cemitério será vigiado pelo fantasma de uma mulher de branco, que é o espírito de uma noiva morta.
- Portanto, todo o cemitério é guardado por uma mulher de branco.
Após falar estas palavras, os góticos foram levados para o inferno pela noiva. Naquele cemitério, apenas ficaram as suas vestes.
Luciana do Rocio Mallon
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