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Contos-->O ENCONTRO -- 14/05/2012 - 20:09 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ENCONTRO

O dia evoluia de forma estonteantemente deliciosa. A saudade que a pouco doía, estava prestes a ser momentaneamente saciada. O limite frágil entre a verdade e mentira, sonho e realidade,desejo e controle, se degladeavam dentro do peito, como quem está prestes a entrar numa arena. A onda de calor e frio, fazia suar e procurar abrigo, numa velocidade surreal. O dia e suas tarefas iam esgueirando-se por entre uma correspondência e outra, um telefonema e outro, até que então tudo ficou resolvido. Tão certo, como são as coisas determinadas. Venciam então, o desejo acumulado, a saudade das incontáveis horas, dos dias intermináveis de ditância, dos meses de prazeres satisfeitos de tantas outras maneiras. Vencia o sentimento que mora dentro do peito,que pode ser amor, ou desejo, que pode ser igual ou diferente, que pode ser mais ou menos intenso, que pode ser sanidade ou loucura
e que quase sempre, tenta-se a todo custo abafar. Vencia o sangue que pulsa nas veias, que pulsa nas partes e que faz vibrar.
Tudo mais parecia não ter menor importância, a não ser o momento, o amor e o beijo tão esperados, o roçar de corpos tão desejado.
Tudo em volta virou cegueira, o dia que passava, a falta de fome, a tarde que chegava, o trânsito que parava e impedia de chegar.
O único desejo, naquele momento, era estar frente à frente, e olhar nos olhos, e tocar os lábios, e sentir o calor do corpo, e sugar a alma a ponto de deixar-se prostrar, desfalecer. Essa era a idéia.
O trânsito era todo tumulto, como em quase todos os dias. Carros, ônibus, caminhões, transeuntes apressados para compromissos pós trabalho. Facultades, cursos, outros trabalhos, casas, creches, família, uma infinidade e outros sentimentos os quais, naquele momento, não importavam, mediante a urgência do encontro.
Todos os engarrafamentos, buzinas, faróis e um emaranhado se formava, como quem conspira contra o encontro.
A única coisa que ainda era admirada, e ouvinte dos desejos de urgência, era a lua. Neste início de noite, reinava absoluta, e seu brilho era tanto que as estrelas, coitadas, não tinham vez.
Sua cor amarelo cálido e sua forma monstruosa tomava conta de parte do parabrisa, quando se podia ver, quando os prédios não lhe cobriam a face.
Pouco a pouco, seu tamanho ia-se reduzindo e cada vez mais tornava-se clara. Algumas ranhuras mais escuras,sugeriam crateras lunares. Neste momento, raras estrelas, as maiores ou mais próximas mostravam seu interesse em participar da cena.
Alí estava o que era preciso, o desejo, a lua, e as estrelas, formando a cena poética de um amor e um desejo quea tanto teimavam em perseverar.
A fome fazia doer, e a sede ressecava a garganta anseando pela saliva. Já sentia as mãos quentes percorrendo os desejos e a boca encontrando os caminhos.
Doce era a música dos amantes. todas as melodias, por mais dissonates tornavam-se como passe de mágicam nas mais belas canções.
Tudo era amor e sentimento naqueles momentos.
Assim foi esse tempo.
E depois?
bem... isso é uma outra história.

Valentina Fraga
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