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Cartas-->Olhar para dentro -- 28/01/2004 - 18:41 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta."
(Jung).

Quando fecho os meus olhos para fora, abro os olhos para dentro e tenho a consciência do quanto nós humanos somos visuais e dependemos das imagens para formularmos nossas convicções, mas hoje uma outra consciência surge dentro de mim olhando para dentro e entrando em contato com o meu inconsciente e com o inconsciente coletivo que tem as chaves que abrem as portas das mais profundas percepções, muito mais profundas que as imagens captadas pelos olhos.
Já não quero ser aluno, já não quero ser professor, quero ser os dois ao mesmo tempo, durante maior parte de nossa vida estamos desempenhando um desses dois papéis.
Para Jung o ser humano vive em função do significado que ele dá à própria vida e às situações em que vive. Os significados que damos à nossa vida são gerados pelas nossas crenças e leis internas. E, se essas crenças e leis internas foram geradas pela educação, herança cultural ou questionamento pessoal do que consideramos certo ou errado, não importa, pois se torna então a nossa Verdade e, assim, acreditamos serem nossas essas Verdades. Sempre temos uma boa explicação do “porquê” estamos vivendo o que vivemos.
Mas seria muita leviandade nossa e superficialidade achar que a vida e a verdade se resume apenas ao que pensamos e ainda achar que a realidade é apenas aquela que desfila diante de nossos olhos.
A indústria e o marketing exploram incessantemente essa nossa necessidade visual usando de ícones e mensagens subliminares para nos ludibriar e garantir consumidores eternos e vitalícios, a manipulação da realidade é algo que acontece a nossa volta onde quer que estejamos.
A criação de realidades distorcidas corresponde ao interesses de poucos que pregam a normalidade como a felicidade (os ditos normais se enquadram num padrão e são consumidores fieis de produtos também considerados normais), somos treinados a traçar apenas retas e não a desenhar curvas, somos como o gado que é conduzido para o curral, a normalidade anda de braços dados com a mediocridade, por isso os artistas são gênios, porque eles não são normais ele tem a ousadia de ir alem, de transcender a realidade, não enxergam só com os olhos de ver.
A moda dita a vontade das pessoas, o livre-arbítrio já era, uma geração de loiras, de mulheres siliconadas e vestidas com a mesmas grifes, uma geração de homens musculosos e com seus carros envenenados , tudo foi pasteurizado, padronizado e transformado em consumo, deixamos de ser senhores de nossos destinos porque temos que obedecer às leis da sociedade sob pena de ficar na miséria ou relegados a um segundo plano se não seguirmos a normalidade.
Mas lançar o olhar para dentro de si mesmo não é um caminho muito fácil de ser trilhado, você tem que estar preparado, pois a introspecção esconde armadilhas, antes de se encontrar você vai se perder, quando você começar a se libertar das amarras do que convencionou chamar de realidade para cada resposta que obtiver duas novas perguntas vão surgir, eles podem ter o seu corpo, mas jamais terão sua mente.
Para mergulhar dentro de si numa egotrip é preciso abandonar muita coisa, deixar para trás muitos mitos e certezas que temos a respeito do mundo e de nós mesmos e isso muitas vezes dói, mas é o preço que se paga para termos acesso as nossas maiores potencialidades como seres humanos.
Olhar para dentro é como tomar a pílula vermelha(como o personagem Neo de Matrix),é transpor a barreira que nos separa da verdadeira verdade,é despertar realmente sob pena de nunca mais conseguir viver na ilusão.

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meucaminhar@yahoo.com.br
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