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Artigos-->109. O MUNDO FEMININO — PAULA -- 06/02/2003 - 07:04 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


— Teresinha!, chamava o nosso “Chacrinha”, Abelardo Barbosa entre os mortais, pedindo com isso a atenção de todos para o prosseguimento de seus programas de auditório. Agora chegou a nossa vez de clamar: “Teresinha!, Maria!, Livanete!, Cristina!...” e, se pudéssemos, todos os nomes de mulher, pois, se não nos precatarmos contra os males que nos atingem, não sabemos se teremos forças para suplantar todas as deficiências que estão sendo, propositadamente, inoculadas no espírito feminino.



Basta verificar o que de produtos para embelezamento existem a incentivar a vaidade e o orgulho. Não há mulher que se possa considerar infensa a essa massificação que a propaganda promove. Até mesmo nos redutos menos poluídos moralmente, no fundo dos conventos, nas regiões mais afastadas, no seio das religiões mais pudicas e restritivas, lá no íntimo do coração de cada uma, sempre fica resquício sedimentado da vontade de obter os favores masculinos através da presunção de que a própria mulher possa oferecer-se, como se produto fora igual a esses tantos que entopem as prateleiras das lojas e enchem as bolsas.



Não é preciso ir muito longe para descobrir a causa dessa “malhação” sobre as mulheres: elas detêm o poder da sedução e isso facilita enormemente as coisas para quem esteja com o intuito de procrastinar indefinidamente o avanço da humanidade para a consecução de seus objetivos maiores. Eis que, portanto, é oportuno vir trazer palavra de alerta, um brado, se preciso for, para que se ponham em guarda e não se deixem, elas mesmas, seduzir pelo brilho falso de perecível realidade.



Vamos em conjunto organizar a nossa resistência ao apanágio fácil de vitória sempre desejada mas nunca completamente realizada, pois numa hora estamos crentes que conquistamos o que almejávamos, e, no momento seguinte, voltamo-nos para outro alvo, inconscientemente, com volubilidade, fazendo por merecer o epíteto que se atribuiu a nós.



Para que possamos realizar em conjunto obra meritória em nosso favor, é preciso que deixemos de lado a nossa futilidade e procedamos consentaneamente com os objetivos que até bem pouco tempo atrás se reservavam tão-só aos varões. Vamo-nos inteirar de toda a problemática social e não nos restrinjamos a criar os filhos e a cuidar da casa.



É certo que deveremos continuar a fazê-lo, bem ainda é de toda a justiça que cuidemos com muito amor de nossos companheiros, sejam eles maridos, namorados, noivos e demais formas de estarmos em contacto com o lado masculino da humanidade: irmãos, filhos, pais, avôs, tios, primos, cunhados “et alii”. Mas não nos atenhamos a limitar a nossa área de influência a um par de palavras ditas somente na intimidade e joguemos por terra, finalmente, o “slogan” de que por trás de um grande homem existe uma grande mulher.



É puro engano refletir nesses termos, pois aí não assumiríamos responsabilidades mais abrangentes que nossos campos profissionais estão a exigir de nós ultimamente. Percorrendo o planeta, pudemos observar áreas em que a mulher está à testa dos negócios, conseguindo suplantar, em seus deveres e responsabilidades, os homens, em suas organizações criadas com o intuito de oferecer só a eles as condições melhores para o desempenho do trabalho. Mas outros locais existem em que a mulher é ainda “medieval”, no que a Idade Média tinha de pior: a subserviência integral ao macho da espécie.



Não se queira ver em nossa mensagem libelo contra a sociedade masculinizada. Jamais! O homem sempre fez segundo pensamento estruturado, fundamentado, baseado em perspectivas históricas. A nós cabe mudar essas perspectivas, rompendo definitivamente com o princípio que delegava às mulheres tão-só atribuições de caráter secundário.



Não estamos com isto querendo insuflar no espírito feminino idéias de revoltas e de menosprezo por tudo o que a sociedade até hoje conseguiu. Estamos, sim, instigando-as para que se superem a si mesmas, pois é dentro do coração de cada uma que se encontra o inimigo a ser combatido, inimigo insidiosamente instalado, após séculos e séculos de atitudes servis que propiciaram um tipo particular de reação, que contraria muitas das normas evangélicas e que seria oportuno desmascarar.



Não são poucas as mulheres que fingem, que traem, que perjuram, que se colocam em posição de defensiva e que, por isso mesmo, não pautam suas reações pelos sublimes ensinamentos de Jesus. É esse o combate mais imediato a ser travado e, para isso, a sociedade mais moderna de certos países europeus nos pode oferecer modelos que, se não forem seguidos integralmente, poderão servir de roteiros para a recondução do mundo feminino para seu fim maior na caminhada rumo ao reino do Senhor.



Esses exemplos, contudo, devem ser selecionados e expurgados de muitas reações que ultrapassaram os limites da dignidade da mulher enquanto ser humano e algumas “crenças” podem simplesmente significar que, em alguns pontos importantes, foram as mulheres além da expectativa, caindo no exagero da equiparação até dos defeitos masculinos. Não é isso que se requer, mas atitude prudente, mais condizente com o organismo feminino e mais harmoniosa, segundo os preceitos que instituíram a feminilidade como recurso para a procriação e a manutenção da espécie humana sobre a face da Terra.



Sendo assim, o que se pede às mulheres é o mesmo que se pede aos homens: que procedam segundo as leis de Deus, sob o amparo dos magnos ensinamentos evangélicos. Mas às mulheres cabe ainda descobrir, analisar, avaliar, julgar, desmascarar os seus defeitos específicos, o que representa entrave a mais para o seu desenvolvimento. Em alguns aspectos, entretanto, têm vantagens sobre seus parceiros, pois têm em si vontade maior de acertar, têm desprendimento natural em favor dos outros, têm inoculado no âmago do coração poder maior de suportar a dor e de fazer sacrifícios. Por isso, não vemos no trabalho das mulheres, em vista da sua redenção, nada que seja insuportável ou fora de sua capacidade. Além de tudo e acima de qualquer deficiência, possuem essencial qualidade: sabem emocionar-se verdadeiramente e é através desse atributo específico, natural, imanente, que, com toda a certeza, encontrarão os meios mais eficazes para a consecução de sua salvação, que, sabemos, se depender de cada uma delas, não se dará solitariamente, mas solidariamente com todas as criaturas. Pensemos nisto, irmãs, e vigiemos para que se cumpram em nós os desígnios do Senhor!







Irmã Paula, serva fiel de Jesus, irmã de caridade em vida, que muito se surpreendeu após a ocorrência de seu transporte para este setor da existência, pois jamais imaginara que não estivessem absolutamente certos todos aqueles que pregavam a nós a humildade, a contenção, a submissão. Que desilusão quando soube da verdade mais comezinha: que às mulheres estava sendo negado o seu direito mais elementar: o de progredir “pari passu” com a humanidade.



Esse foi o desespero que me envolveu depois que pude verificar a falsidade de minha derradeira encarnação. Mas quero, a bem da verdade, dizer que muito do que sofri se deveu às influências religiosas que, graças a Deus, estão sendo modificadas à luz de procedimento menos arcaico e mais condizente com as reais virtudes que se esperam de todos.



Gratas ficamos por termos sido atendidas e prometemos voltar sempre que algum esclarecimento oportuno possa justificar texto direcionado para a conquista pelas mulheres de seu verdadeiro lugar na sociedade humana. Esperamos, finalmente, ter trazido texto bem claro, a respeito do qual não pairem dúvidas, pois muito nos magoaria o fato de, tendo procurado ajudar, causarmos ainda mais tribulações e desassossegos nos corações das irmãzinhas. Por isso, vamos insistir em ponto que para nós é primordial: na reflexão, na meditação e na elevação a Deus do pensamento, através das preces que nós tão bem sabemos, porque muitas vezes foi o único recurso de que dispusemos para expressar todo o nosso descortino diante da vida.



Gratas a toda esta equipe de socorristas, que nos ofereceu a oportunidade de tratar de tema que de muito perto nos interessa e a quem pedimos desculpas por nos delongarmos tanto.









COMENTÁRIO — MANUEL



Muito expressivas foram as palavras e os sentimentos de nossa novel amiga, irmã Paula. Sabemos que teve presentes no coração os ideais mais puros concernentes a elevar as mulheres à categoria de criaturas de Deus, o que nem sempre ocorreu na história da humanidade, quando, por milênios, foram consideradas inferiores com relação aos homens. Mas a irmãzinha está um pouco defasada em seu conhecimento da mulher de hoje.



Hoje, as mulheres buscam ombrear-se com os homens e se sentem mui seguras de seus domínios. É evidente que guardam em si os atributos da feminilidade à antiga e, por isso, são muito vulneráveis à bajulação, ao incentivo fácil das facécias, ao envolvimento das promessas de segurança, pois muitas cresceram em lares que proclamavam a subserviência feminina como bem de que todas deveriam estar dotadas para enfrentamento dos percalços da vida.



A bem da verdade, muitas perpetuam tais estruturas, quase sempre em proveito próprio, pois encontram muito maior estabilidade social e emocional ao persistirem em manter o seu domínio limitado às quatro paredes de suas casas. Mas isto está sendo devidamente esclarecido, pois o homem é capaz de influências domésticas através de aparelhagens eletrônicas, embora tivesse, durante largo tempo, insistido em divulgar noções que mantivessem o “status quo”. Já se encontram, porém, lideranças que buscam influenciar no sentido oposto, levando para junto daquelas mulheres mais retrógradas os efeitos das idéias avançadas, que permitirão tornar o mundo mais igualitário.



Por outro lado, o próprio reconhecimento das fraquezas da sociedade humana fundamentada nos valores masculinos está levando os homens a admitirem as suas falhas e a incentivarem, através de todas as tribunas — da mesa do professor, à banca do advogado, até ao púlpito do pregador— , que as mulheres passem a agir segundo normas mais consentâneas com a modernidade.



A defasagem que verificamos no texto da irmã Paula, no entanto, não deslustra em nada o seu conteúdo; apenas deve servir como apreciação voltada para o incentivo de novos conhecimentos na área que elegeu para dedicar os seus estudos e para aplicar os seus esforços.



Quanto ao conjunto do trabalho, a mensagem se arrisca a não ser bem compreendida, caso lida por pessoas em estágio social pouco avançado e pode servir para pessoas interessadas em causar detrimentos e prejuízos ao nosso tipo de missão. No entanto, se não enfrentarmos os perigos e as maldades onde se apresentarem, de pouco adiantará o nosso ministério.



Por isso, está a irmã Paula de parabéns, bem como toda a equipe que com ela se apresentou para oferecer os frutos de suas pesquisas e de seu trabalho. Creiam que estaremos à sua disposição, para oferecer os nossos préstimos e a nossa colaboração a quantos estejam aptos a entender a extensão dos problemas levantados. Gratos, irmãzinhas, e fiquem na paz do Senhor!



Queremos convidar a todos os presentes para que elevem seus pensamentos aos céus e agradeçamos todos a maravilhosa atividade de hoje, rezando à Virgem Maria, a divina mãe de Jesus, a prece que lhe consagramos, a humanidade inteira, por séculos e séculos de respeitoso amor:



“Ave, Maria, cheia de graça...”



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